domingo, 19 de abril de 2009

FERIDAS CANCEROSAS ABERTAS

Por Arlindo Montenegro

Dona Dilma anda enjoada com essa gente aí, que divulga falsas interpretações sobre sua vida pregressa. São fotos, fichas policiais e artigos escarafunchando a secreta atividade clandestina, naqueles anos duros, quando a jovem idealista revolucionaria e marxista militou naqueles grupos que, “faziam a revolução”.

Ela foi uma líder por livre e espontânea vontade, por convicção ideológica firmada no berço pelo pai, um comunista búlgaro. Armas na mão, seus liderados (ela não!) bombas e fuzis debaixo da cama, assaltaram bancos, seqüestraram diplomatas e empresários, mataram militares, policiais e gente inocente.

Tentavam abrir caminho para a revolução comunista internacional patrocinada por Cuba, China, União Soviética, Coréia do Norte, Albânia e comunistas europeus, todos defensores ardentes das guerrilhas na América do Sul. Todos visceralmente contrários à presença massiva dos exércitos imperiais dos EUA no Vietnã.

Ela diz, segundo a FSP deste Sábado, que sua situação é “desagradável para aqueles que defendem ou que houve ditadura branda no Brasil ou que no Brasil havia uma regularidade democrática naquele período.” A ditadura que alguns jovens cultos defendiam era a ditadura do proletariado e não a ditadura que defendia o estado democrático de direito.

“Naquela época se torturava, se matou, se prendeu". É a pura verdade! Vale para os que seguiram o blá-blá-blá de Regis Debray (Revolução na Revolução, bíblia dos ignorantes idealistas que queriam ser como o Che Guevara), como vale para os que, por dever de ofício defenderam as instituições da ditadura que impediu a comunização do Brasil.

A mãe do Pac, a “cara” do Lula, se ressente dos comentários desta gentinha burguesa e “reacionária” que através de jornais e revistas, em blogs de direitistas burgueses desprezíveis, até mesmo no Congresso Nacional, anda conspurcando sua imagem de “democrata totalitária e humanista de esquerda”!

Ela não pode negar que foi bem treinada. Seu amigo e auxiliar, Giba, revelou à revista Piauí: "Sua tarefa, no começo de l969, era a preparação de um assalto a uma agência do Banco do Brasil. Até janeiro daquele ano, o Colina (grupo armado em que ela, dona Dilma atuava com função dirigente) contabilizava, em Minas, quatro assaltos a bancos, uma meia dúzia de carros roubados e dois atentados a bomba, a residências de autoridades locais." Tudo perfumaria!

Dona Dilma declara que foi prisioneira e torturada “por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas.(...) Muitas vezes as pessoas eram perseguidas e mortas... E presas por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas.”

Ô dona Dilma, peraí! Aquelas pessoas, militantes organizados e armados, em sua maioria idealistas manobradas por gente esclarecida como a senhora, como seus pares no atual governo, deitaram e rolaram com agressividade guerreira. Ainda não foram ouvidos os testemunhos de centenas de familiares dos mortos no cumprimento do dever, tão jovens e idealistas como o eram seus companheiros “internacionalistas” e menos brasileiros.

Depois das aventuras mineiras, o cerco da “repressão criminosa” aos valorosos defensores da “democracia comunista” que aterrorizavam a ditadura dos “gorilas e democratas capitalistas” a senhora foi militar na VPR de Lamarca, associada à ALN de Mariguella. Todos armados e treinados para matar e tomar o poder. Somente “crime de opinião e organização”?

Os comunistas e seus militantes, muitos inocentes úteis sem opção, atiravam contra outros brasileiros que então estavam ao lado da ordem que vocês dizem “burguesa”, “imperialista”, “corrupta”, a mesma ordem que hoje defendem com unhas e dentes. Queriam o poder contra a cultura democrática e cristã do povo brasileiro. Queriam o poder total e conseguiram depois de anistiados pelos “ferozes” ditadores militares que perdoaram seus “deslizes juvenis” para pacificar a nação.

É diferente a natureza democrática no concernente à crença e confiança na humanidade. Diferente porque sabe quando recuar e reconhece não ser dona absoluta da verdade. Briga e reforça seus pontos de vista respeitando as regras democráticas do estado de direito. Atua de modo oposto à prepotência e desprezo com que os poderosos que são seus pares tratam esta nação.

A generosidade daqueles que estavam à frente dos governos militares, nos cinco anos em que “o povo” trabalhava alheio aos entreveros armados, não foi reconhecida. O perdão, a compreensão, o diálogo, a severidade no trato dos recursos públicos, a saúde, a segurança e fundamentalmente a educação universal, está bem distante das cogitações e práticas marxistas.

Vocês estão com a faca e o queijo. Ignoram as leis e mantêm a política do medo: medo do desemprego, medo de não pagar as contas, medo de bala perdida, medo dos impostos, medo dos traficantes, medo do mst, medo dos grampos. Implantaram o que indicavam os comunistas russos como ferramenta do poder.

A globalização e concentração econômica abre caminho para a o poder total do estado. O Sistema Eleitoral, os Juizes, o Congresso, os sindicatos, estão dominados e nem existe mais oposição, só uns gatos pingados insignificantes. Precisa fingir religiosidade indo ler a biblia na missa do Padre Marcelo? A igreja das Cebs infiltrada pelos marxistas já lhes proporcionou o PT e o Poder.

Os sobreviventes entre os que saíram para matar e morrer pelo comunismo internacional, estão anistiados e bem postos em funções publicas, nas Universidades, nos jornais e revistas, nas tevês. A anistia foi bem aproveitada e as feridas continuam abertas porque vocês são incapazes de conviver com os brasileiros quem ainda sonham, desarmados, com a liberdade. Isto é característico de “internacionalistas proletários”.

Isto é característico de “internacionalistas proletários” como a senhora, Dona Dilma. Você pode tentar reescrever a História com a ajuda de seus marketeiros. Mas a História nem sempre aceita tantas inverdades fabricadas pela máquina de ilusionismo político.

E as feridas históricas nunca se fecham, como se fossem um câncer em metástase.

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