domingo, 28 de junho de 2009

FORMANDO O CIDADÃO SOCIALISTA

Como se forma a "consciência do tudo pelo social" das novas gerações,
utilizando o tema do ambientalismo e a propaganda massiva.
Como tudo quanto vês na tv ou nos jornais com relação a vários temas,
portanto, não têm outro destino que te preparar para ser aquilo que
burocratas querem que tu sejas e a agir como eles querem que tu ajas.
É isto que queres para tua vida?

Por Klauber Cristofen Pires

Há pessoas que já vieram me perguntar qual a sugestão que um liberal
tem a dar sobre questões tais como a ambiental, a energética ou sobre os
transportes urbanos. Na mente delas, nossa atuação tem se resumido às
críticas, e nos falta uma agenda específica para tratar de cada tema.

A resposta é simples, como é simples o pensamento liberal: deixemos
estas coisas serem resolvidas por meio dos acordos livremente estipulados
pelas pessoas. Isto é tudo.

Esta multiplicação de temas, na verdade, tem a ver com a visão de que
tudo há de ser controlado por uma única cabeça. Precisa ser casuísta
aquele que tudo quer controlar, já que precisa lidar com as infinitas
variáveis da vida.

Quer saber por que a mídia e as ONG’s tanto querem te fazer
economizar água, luz, parar de fumar, parar de comer carne vermelha,
guardar sementes e cascas, selecionar o lixo, abandonar a sua arma e
deixar o carro em casa?

É simples. Esta é a agenda que visa preparar o cidadão para a
sociedade socialista que virá! E por que afirmo isto? Porque, em uma
sociedade socialista, se há dez cabeças e nove chapéus, a opção do Estado
é a mais óbvia: cortar uma cabeça!

Traduzindo: eles estão te preparando para ser um sujeito cujas
demandas não sejam estipuladas por ti próprio, mas pelo Estado. Fazem isto
porque são conscientes da incorrigível incompetência estatal em fornecer
bens e serviços, mesmo que seja em regime de monopólio. Em forma de piada,
o Estado é como um sujeito que, correndo sozinho, chega sempre em segundo
lugar!

Note como estas coisas são, em geral, aquelas que são oferecidas pelo
Estado. No Brasil, a luz, a água e o recolhimento de lixo são provenientes
de empresas estatais ou empresas privatizadas, mas que – porca miséria –
funcionam em regime de monopólio, o que equivale a dizer que são, quiçá,
piores ainda! Os carros são fornecidos pelas empresas privadas, mas, e as
ruas onde eles têm de rodar?...chamem o Zé Buracão!

E a gasolina (ou aquela mistura indecifrável que nos vendem nos
postos e que entope os bicos injetores)? Vem de onde? Da Petrobrás, claro,
inchada por praticamente 100% de impostos e de programas
sócio-educativo-cultural-ambientais que tu és obrigado a contribuir.
A prestação destes serviços é cronicamente deficiente, cheia de
desperdícios, de preços “sociais”, de vazamentos, de impostos e,
sobretudo, cara, deficiente e é também eternamente insuficiente.

Compare-os, por exemplo, com quantas pessoas hoje são contempladas com o acesso ao telefone celular ou à televisão, ou mesmo à comida, aos calçados e aos materiais de construção.

Em países socialistas como Cuba, praticamente não há apagões: há
clarões! Isto porque a energia, o mais das vezes, é fornecida somente por
algumas horas, o suficiente para assistir a uma novela brasileira vendida
pela rede Globo a preços simbólicos, escovar os dentes (com os dedos,
claro) e ir dormir. Querem mais exemplo de economia do que isto?

Aqui, querem fazer o mesmo, sugerindo às pessoas bizarrices tais como
instalar interruptores temporizados nos chuveiros, niples redutores de
vazão e aquelas porcarias de lâmpadas chinesas que vão te custar a saúde
dos olhos, pela luz precária que irradiam e que juram durar mais de dez
vezes mais! Também, igualmente, querem te adestrar ao te atribuir o
trabalho de selecionar, gratuitamente, o lixo que, afinal, és tu quem
pagas pelo recolhimento! Amanhã, certamente, virão as multas aos
renitentes.

Àqueles a quem o Estado proíbe de trabalhar por meio da legislação
trabalhista, ele e onguistas vêm com cursos para lhes ensinar a aproveitar
cascas, caroços e sementes, como se os propugnadores destas coisas não
comemorassem na churrascaria mais próxima o sucesso de suas campanhas.
Quando vejo um destes programas educativos na tv, só o que me vêm à cabeça
é a sugestão (ou teria sido “ordem”?) que fez o governo norte-coreano aos
seus cidadãos, para que passassem a comer grama! Em Cuba, um mísero quilo
de carne suína custa cerca de um mês e meio do salário de um daqueles
coitados, e não poucas vezes a OMS interveio junto àquele governo para que
aumentasse as calorias de sua “libreta” como forma de prevenir a grande
incidência de nascituros com problemas advindos da avitaminose.

Como liberal, eu não me incomodo em separar o lixo, por exemplo,
desde que isto signifique um desconto no preço pela empresa que pagaria
para retirá-lo de minha casa. Eu disse preço, e não tarifa. Falo aqui de
uma empresa de coleta de lixo que funcione em regime de livre
concorrência. Também topo entregar a parte mais valiosa deste lixo por
dinheiro. Se ele é valioso, tenho direito a vendê-lo, já que ele é minha
propriedade.

Também não me incomoda economizar luz. Mas, em um regime de livre
concorrência, as oportunidades de produção de energia elétrica são
simplesmente infinitas, de modo que não me preocupa em quanto de energia
eu tenho de economizar, mas sim quanto eu devo pagar por ela. Se, por
qualquer motivo, estiver sendo difícil produzi-la, então é sensato
economizá-la, desde que sairá mais cara. E isto é muito diferente daquelas
campanhas ridículas que, no final do governo socialista de Fernando
Henrique Cardoso, mostravam pessoas orgulhosas por terem transformado seus
microondas em dispensas ou seus liquidificadores em vasos de plantas.

O governo do socialista Fernando Henrique Cardoso, bem lembrado aqui,
não investiu um centavo em produção de energia – e nem deixou ninguém
investir – e, quando veio a crise do apagão, o Brasil sofreu uma queda do
PIB que invalidou todas os pseudo-avanços acumulados desde o início do seu
tão proclamado plano Real. Resultado: outra década perdida!

Da mesma forma, alguém ainda precisa me explicar porque é tão
necessário economizar a água, um bem que não se destrói com o uso e que
ocupa três quartos do nosso planeta. Matematicamente falando, que
diferença faz entre a parcela de água que do rio desemboca no mar, daquela
que eu desvio para meu consumo e que depois de passar pela minha pia e
escorrer pelo ralo, acaba no mar do mesmo jeito?

Programas ridículos da tv querem convencer as pessoas a utilizar
várias vezes a água da máquina de lavar e depois ainda por cima carregá-la
por meio de intermináveis baldes (haja coluna!) para reaproveitá-la na
limpeza de pisos. Ora, que eu entenda, não se está limpando nada assim,
mas trocando uma sujeira por outra.

Em uma sociedade livre, não me importa de onde a água vem, se de um
rio, de uma fonte subterrânea ou de uma usina de dessalinização, ou por
qualquer outra tecnologia. O que interessa é que, ao necessitar dela,
disponho-me a pagar um preço pelo seu fornecimento. É o preço que deve
determinar se eu tenho de instalar redutores nas torneiras ou diminuir o
meu tempo sob o chuveiro.

Finalmente, observe o comportamento dos produtos oferecidos pelo
Estado, dos produzidos pelo mercado: a cada cacho de bananas que eu retiro
da prateleira de um supermercado, outros mais serão repostos, e com melhor
qualidade ou preço; enquanto que o dono do negócio privado me agradece a
preferência e se esforça por oferecer seus produtos de uma forma mais
eficiente, os produtores estatais repudiam seus consumidores, gastam
milhões em propaganda para achincalhá-los e para ensinar-lhes a não se
utilizarem dos seus serviços, perseguem-nos e aplicam-lhes multas,
suspensões de fornecimento e às vezes, até cadeia, se eles, inconformados
por tamanho excesso de atenção e gentileza, intentarem obter o que
necessitam por conta própria.

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