sábado, 31 de outubro de 2009

VERDADES SOBRE O PRE SAL

O autor do texto abaixo, Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva, engenheiro da Petrobras, com currículo reconhecido pelo Sistema Lattes de Currículos

(vide em http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4721163J2),

é uma autoridade de reconhecida idoneidade, principalmente nos aspectos relacionados com estudos geológicos, tal como pode ser comprovado na sua monografia sobre os recursos hídricos do solo sergipano

(vide PDF em http://www.semarh.se.gov.br/srh/modules/wfdownloads/visit.php?cid=1&lid=115).

O Eng. Ivo desmascara, de forma contundente e definitiva, a farsa do pré-sal, que vem sendo usada para a "justificar" a permanência da quadrilha lulo-petista no poder. (Anselmo Cordeiro)

Pré-Sal

Senhores Deputados / Senhoras Deputadas.

O uso intensivo da mídia pela PETROBRAS e pelo Governo Federal para vender a chamada descoberta de petróleo do século e a redenção do BRASIL é um caso típico de desserviço prestado ao BRASIL e ao seu povo, um país com problemas crônicos, principalmente na área da educação e da saúde, que clamam por solução de há muito, para que a Presidência da República coloque o Congresso Nacional contra os brasileiros e as futuras gerações, forçando-o a aprovar, em regime de urgência, um marco regulatório para a exploração de petróleo do PRÉ-SAL, que não serve para nada no momento, a não ser desviar a atenção da população de seus reais problemas.

É que toda e qualquer declaração atual sobre qualquer possível volume de petróleo descoberto no PRÉ-SAL não passa de pura especulação. Não existe no mundo ninguém e nenhum geólogo de petróleo em nenhuma companhia de petróleo, inclusive na PETROBRAS, que consiga chegar a um desses valores declamados em prosa e verso e provar que ele é verdadeiro. São somente estimativas, em virtude da falta de uma base confiável de parâmetros que permitam cubar qualquer reserva de petróleo dessa ordem de grandeza.

O conhecimento adquirido pela indústria do petróleo ao longo de mais de um século de exploração no mundo inteiro mostra ser muitíssimo pouco provável, ou melhor, impossível a existência de um lençol contínuo de petróleo como este anunciado para o PRÉ-SAL, devido a uma série de impossibilidades: físicas, químicas, biológicas e, principalmente, geológicas.

Deste modo, é uma falácia a afirmação de que temos um lençol de petróleo no PRÉ-SAL de tamanho 800km x 200km ao longo da Costa Leste Brasileira.

Portanto, este marco regulatório, que se tenta aprovar em regime de urgência, sem uma discussão ampla com a sociedade, é apenas a volta pura e simples, de forma disfarçada, ao monopólio estatal de petróleo; um verdadeiro desserviço que estão prestando ao BRASIL, um verdadeiro crime de lesa-pátria.

A PETROBRAS, literalmente de pires na mão, não está dando conta sequer do que foi planejado estrategicamente para se explorar acima da camada de sal, como poderia arcar com os investimentos no PRÉ-SAL, se estes realmente se viabilizarem, sabe-se lá quando? Com o marco regulatório aprovado do jeito que está sendo proposto, sem uma discussão ampla e profunda com todos os setores, não teremos nenhum aporte de capital estrangeiro, e não se explora e se produz petróleo, muito menos ainda no PRÉ-SAL, com bananas e tacapes e sim com muito dinheiro e muita tecnologia de ponta, e nós, simplesmente, não temos nem uma coisa nem outra, no momento.

Nossos técnicos são criativos, mas tecnologia de ponta nós não desenvolvemos, as nossas universidades não desenvolvem. Nós importamos os componentes e, com o jeitinho que nos é peculiar, montamos as ferramentas e os equipamentos e os operamos. Daí dizerem que dominamos a tecnologia para exploração em águas profundas.

Nada disso! Dominamos somente a parte operacional, porque toda a tecnologia é desenvolvida lá fora, por encomenda da PETROBRÁS, é claro, mas a tecnologia para fabricação de ferramentas e equipamentos para exploração e produção de petróleo em águas profundas nós não temos, não dominamos.

Como se sabe, a pressa é inimiga da perfeição. A exploração do Campo de Piranema, em águas profundas do Estado de Sergipe, pode ser um bom exemplo para reflexão por todos nós. A pressa em se mandar construir no estrangeiro uma plataforma de “casco redondo” – a primeira do mundo na propaganda da PETROBRAS – a peso de ouro, quando se podia construir uma plataforma com o casco em outro formato qualquer em um estaleiro nacional, sem que o campo descoberto estivesse sequer parcialmente delimitado e o estudo da sua viabilidade econômica pudesse ser feito com mais segurança, parece não ter dado certo.

Em documento enviado a Procuradoria da República no Estado de Sergipe, e também encaminhado aos Senhores e Senhoras ( Oficio_SAJR-PR-SE_nº_70-2009), eu questionei, poucos anos atrás, a desnecessidade da construção da plataforma de produção antes da delimitação do campo com a perfuração de mais poços exploratórios, denominados poços pioneiros adjacentes e poços de extensão. E fiz esse questionamento com a minha experiência de cerca de 20 anos trabalhando na Bacia de Sergipe e Alagoas e de Pernambuco e Paraíba como geólogo de petróleo exploracionista da PETROBRAS, que me habilita a fazer declarações técnicas sobre tipos de acumulações existentes nessas Bacias, tipos de rochas reservatórios e seus mecanismos de produção.

A PETROBRAS, não sei por quais motivos, nunca veiculou para a imprensa e Bolsa de Valores, que as rochas reservatórios do Campo de Piranema eram pseudos turbiditos (corpos arenosos imersos numa gigantesca massa de folhelhos), com pressão anormalmente alta para a profundidade em que se encontram atualmente, o que podia caracterizar corpos de pequenas dimensões, e cuja produção logo entraria em depleção (S. f. Med. 1. Redução de qualquer matéria armazenada no corpo. Aurélio). E parece ser o que já está ocorrendo, bem antes que o esperado.

Por gentileza, Senhores e Senhoras, leiam no texto a seguir a preocupação da bancada federal do Estado de Sergipe com a diminuição drástica da produção de petróleo no Campo de Piranema, em águas profundas de Sergipe:

[...] Parlamentares da bancada de Sergipe, por iniciativa do deputado Albano Franco (PSDB), se reuniram no fim da manhã desta quarta-feira, dia 26.08.2009, com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para cobrar explicações sobre a paralisação da produção de Petróleo no campo de Piranema, localizado em Estância. "Os problemas seriam de ordem técnica. O senhor Gabrielli nos garantiu que a produção será retomada até o início do mês de setembro", disse o deputado José Carlos Machado (Democratas-SE) ao sair do encontro.

A produção no campo de Piranema foi paralisada há 15 dias sem que o prefeito do Município de Estância, Ivan Leite, ou mesmo a população obtivesse qualquer explicação sobre o ocorrido. O deputado José Carlos Machado, que discursou sobre o assunto nesta semana no Plenário da Câmara dos Deputados, lembrou do grande investimento feito para iniciar a prospecção de petróleo no campo de Piranema e reclamou da gradativa diminuição do repasse dos royalties ao município. "Houve um investimento de cerca de 500 milhões de reais para colocar esse campo em operação, informação anunciada com toda a pompa possível pelo presidente Lula da Silva em 2007, durante a inauguração. Recentemente, me foram apresentados dados que mostram que o município de Estância arrecadou em setembro de 2008, de royalties referentes à produção de Piranema, mais de R$1,4 milhão. Em janeiro deste ano, houve uma queda de 75%, e o município recebeu somente R$ 304 mil. Em junho passado, o total arrecadado foi de apenas de R$ 133 mil. Quem sofre com isso? A população, é claro", afirmou [....]

A PETROBRAS pode até afirmar que a suspensão da produção foi de ordem técnica, mas fica uma dúvida no ar: falha com os equipamentos dos poços em produção no fundo do mar ou os reservatórios são mesmo limitados e não conseguem mais manter a produção inicial do Campo de Piranema?

A verdade é que a produção não foi interrompida abruptamente e sim veio caindo ao longo dos meses, como mostra parte final do texto acima: “[...] o município de Estância arrecadou em setembro de 2008, de royalties referentes à produção de Piranema, mais de R$1,4 milhão. Em janeiro deste ano, houve uma queda de 75%, e o município recebeu somente R$ 304 mil. Em junho passado, o total arrecadado foi de apenas de R$ 133 mil. [...]”.

Portanto, infelizmente, tudo indica que os poços ora em produção no Campo de Piranema já entraram em depleção acentuada. Resumindo: para atingir e manter a produção de 10.000 barris diários no Campo a PETROBRAS terá que perfurar e colocar muitos poços em produção em muito pouco tempo - o que não é logisticamente recomendável nem possível (faltam plataformas de perfuração no mercado) - o que esgotaria as reservas do campo mais rapidamente ainda, evidenciando a total desnecessidade da construção da tão imprescindível plataforma de casco redondo, a toque de caixa e repique de sino, nas últimas eleições, como se o seu formato fosse realmente determinante para a extração do petróleo, o qual se encontra nos reservatórios há milhões de anos.

Sendo assim, e voltando ao marco regulatório do PRÉ-SAL, solicito aos Senhores Senadores e Senhores Deputados, Senhoras Senadoras e Senhoras Deputadas, com o pensamento voltado exclusivamente para o bem do BRASIL e de nossas gerações futuras, que deixem para analisar o marco regulatório depois das eleições de 2010 e que discutam isso até a exaustão com toda a sociedade, porque é a única coisa sensata a se fazer no momento: O PETRÓLEO DO PRÉ-SAL É A ÚLTIMA FRONTEIRA.

Por favor, Senhores e Senhoras, não permitam que essa pressa injustificável transforme as descobertas do PRÉ-SAL em algo semelhante ao desastre que está se delineando para o Campo de Piranema, em águas profundas de Sergipe.

Atenciosamente.

Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva
TE 0018515721-86.

Rua São Judas Tadeu, 313 – Pereira Lobo.
CEP 49050-710 / ARACAJU-SE.
Transcrito do Blog A Língua

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DO SITE NOTALATINA: DECLARAÇÃO DE PRAGA

Graça Slagueiro nos convida a ler a Declaração de Praga e a assiná-la.
O link para assinar a declaração é: http://praguedeclaration.org/


- Considerando que as sociedades que esquecem seu passado carecem de futuro;

- Considerando que a Europa não se unirá a menos que seja capaz de unificar sua história, de reconhecer o comunismo e o nacional-socialismo como um legado comum e de conseguir um debate sincero e profundo sobre todos os crimes totalitários do século passado;

- Considerando que a ideologia comunista é diretamente responsável por crimes contra a humanidade;

- Considerando que a má consciência que se deriva do passado comunista é uma pesada carga para o futuro da Europa e para nossos filhos;

- Considerando que diferentes valorações do passado comunista ainda podem dividir a Europa em Ocidente e Oriente;

- Considerando que a unidade européia foi uma resposta direta às guerras e à violência causada pelos sistemas totalitários no continente;

- Considerando que a consciência dos crimes de lesa-humanidade cometidos pelos regimes comunistas em todo o continente deve informar a todas as mentes européias, na mesma medida que os crimes do regime nacional-socialista;

- Considerando que existem similitudes entre o nacional-socialismo e o comunismo no que se refere a seus caráter horrível e espantoso, e a seus crimes contra a humanidade;

- Considerando que os crimes do comunismo ainda necessitam ser avaliados e julgados desde os pontos de vista jurídico, moral e político, assim como do ponto de vista histórico;

- Considerando que tais crimes foram justificados em nome da teoria da luta de classes e do princípio da ditadura do proletariado, que utilizam o terror como método para preservar o poder dos Governos que o aplicaram;

- Considerando que a ideologia comunista foi utilizada como uma ferramenta em mãos de imperialistas na Europa e na Ásia para alcançar seus planos expansionistas;

- Considerando que muitos dos autores que cometem e cometeram crimes em nome do comunismo ainda não foram levados ante a justiça, e suas vítimas ainda não foram indenizadas nem satisfeitas;

- Considerando que o objetivo de proporcionar informação completa sobre o passado totalitário comunista, que conduza a uma compreensão mais profunda e ao debate é uma condição necessária para a futura integração de todas as nações européias;

- Considerando que a reconciliação definitiva de todos os povos europeus não é possível sem um esforço potente para estabelecer a verdade e para restaurar a memória;

- Considerando que o passado comunista da Europa deve ser tratado a fundo, tanto na academia como ao público em geral, e as gerações futuras devem ter fácil acesso à informação sobre o comunismo;

- Considerando que em diferentes partes do mundo só uns poucos regimes totalitários comunistas sobrevivem, porém que, todavia, oprimem aproximadamente a um quinto da população mundial, e ainda se aferram ao poder cometendo delitos e impondo um alto custo para o bem-estar de seus povos;

- Considerando que em muitos países, apesar de que os partidos comunistas já não estão no poder, não se distanciaram publicamente dos crimes dos regimes comunistas nem os condenaram;

- Considerando que Praga é um dos lugares que sofreu tanto com o nazismo quanto com o comunismo,

Estando convencidos de que os milhões de vítimas do comunismo e suas famílias têm direito a desfrutar da justiça, da solidariedade, da compreensão e do reconhecimento de seus sofrimentos da mesma forma que as vítimas do nazismo foram moral e politicamente reconhecidos,

Nós, os participantes da Conferência de Praga Consciência européia e o comunismo,

- Ante a Resolução do Parlamento Europeu sobre o sexagésimo aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, em 8 de maio de 1945, de 12 de maio de 2005,

- Ante a Resolução 1.481 da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa, de 26 de janeiro de 2006,

- Ante as resoluções sobre os crimes comunistas adotadas por vários Parlamentos nacionais,

- Ante a experiência da Comissão pela Verdade e a Reconciliação na África do Sul,

- Ante a experiência dos Institutos da Memória e os Memoriais na Polônia, Alemanha, Eslováquia, República Checa, Estados Unidos, o Instituto para a Investigação de Crimes Comunistas na Romênia, os museus da ocupação da Lituânia, Letônia e Estônia, assim como a Casa do Terror na Hungria,

- Ante as presidências atuais e futuras na UE e no Conselho da Europa.

- Ante o fato de que 2009 é o vigésimo aniversário da queda do comunismo na Europa Central e Oriental, assim como dos assassinatos em massa na Romênia e no massacre da Praça de Tianamen em Pekin,

Pedimos:

1. Chegar a um entendimento entre todos os europeus de que os regimes totalitários nazista e comunista devem ser julgados por seus próprios méritos terríveis, por ser destrutivo em suas políticas de maneira sistemática na aplicação das formas extremas de terror, da supressão de todos os direitos civis e das liberdades humanas, começando pelas guerras de agressão e, como uma parte inseparável de suas ideologias, o extermínio e a deportação de nações inteiras e grupos de população, e que como tais devem ser considerados os principais desastres que frustraram o século 20,

2. O reconhecimento de que muitos crimes cometidos em nome do comunismo devem ser qualificados como crimes de lesa-humanidade, de modo que constituam uma advertência para as gerações futuras da mesma maneira que os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nüremberg,

3. A formulação de um enfoque comum a respeito dos crimes dos regimes totalitários, incluídos os regimes comunistas, e uma versão européia dos crimes comunistas, a fim de definir claramente uma atitude comum frente aos crimes dos regimes comunistas,

4. A introdução de uma legislação que permita aos tribunais de justiça julgar e condenar os culpados pelos crimes comunistas e compensar as vítimas do comunismo,

5. A garantia do princípio de igualdade de tratamento e não-discriminação entre as vítimas de todos os regimes totalitários,

6. A pressão européia e internacional para a condenação efetiva dos crimes do passado comunista e da luta eficaz contra os crimes comunistas em curso,

7. O reconhecimento do comunismo como parte integrante e horrível da história comum da Europa,

8. A aceitação por toda a Europa da responsabilidade pelos crimes cometidos pelo comunismo,

9. O estabelecimento de 23 de agosto, dia da assinatura do pacto Hitler-Stalin, conhecido como o Pacto Molotov-Ribbentrop, como um dia de lembrança das vítimas dos regimes totalitários nazista e comunista, do mesmo modo que a Europa recorda as vítimas do Holocausto em 27 de janeiro,

10. A reclamação aos Parlamentos nacionais para que reconheçam os crimes comunistas como crimes contra a humanidade, e modifiquem a legislação pertinente,

11. O debate público sobre o mal uso comercial e político dos símbolos comunistas,

12. A continuação das audiências da Comissão Européia com respeito às vítimas dos regimes totalitários, com vistas à elaboração de uma comunicação da Comissão,

13. O estabelecimento de comitês compostos por experts independentes nos Estados europeus que foram governados por regimes comunistas totalitários, com a tarefa de recolher informação sobre violações dos direitos humanos sob cada regime comunista totalitário em nível nacional, com o fim de colaborar estreitamente com o Conselho de Comitê de experts da Europa,

14. A elaboração de um claro marco jurídico internacional em relação a um acesso livre e irrestrito aos arquivos que contêm informação sobre os crimes do comunismo,

15. A fundação de um Instituto Europeu da Memória e da Consciência, que teria duas funções:

A) a de um instituto europeu dedicado à investigação dos estudos do totalitarismo, o desenvolvimento de projetos científicos e educacionais e o apoio à criação de redes de institutos de investigação nacionais especializados no tema da experiência totalitária,

B) e a de um museu memorial de âmbito europeu das vítimas de todos os regimes totalitários, com o objetivo de recordar as vítimas destes regimes e de dar a conhecer os crimes cometidos por eles,

16. A organização de uma conferência internacional sobre os crimes cometidos pelos regimes comunistas totalitários, com a participação de representantes de governos, parlamentares, acadêmicos, experts e associações, cujos resultados devem ser difundidos no mundo inteiro,

17. O ajuste e a revisão de livros de texto de história européia, para que as crianças possam aprender e ser advertidas sobre o comunismo e seus crimes, da mesma forma que se lhes ensinou a compreender os crimes nazistas,

18. A abertura de um amplo e profundo debate em toda a Europa sobre a história européia e a herança comunista,

19. A comemoração conjunta do 20º aniversário no próximo ano da queda do Muro de Berlim, do massacre da Praça Tianamen e da matança na Romênia.

Nós, os participantes da Conferência de Praga Consciência Européia e o Comunismo, nos dirigimos a todos os povos da Europa, a todas as instituições políticas européias, inclusive os Governos e os Parlamentos nacionais, o Parlamento Europeu, a Comissão Européia, o Conselho da Europa e outros órgãos internacionais pertinentes, e os exortamos a abraçar as idéias e as propostas enunciadas nesta Declaração de Praga, e a convertê-las em medidas práticas e políticas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

INFANTICÍDIO E OUTROS CRIMES

Por Arlindo Montenegro

Raymond de Souza, cidadão australiano, nascido no Brasil e residente nos EUA é o autor de um livro eletrônico – “Infanticídio indígena no Brasil, a tragédia silenciada”. Silenciada pelas caridosas ONGs, silenciada pelos governantes brasileiros, silenciada pela mídia, silenciada pela FUNAI, silenciada pelo Conselho Indigenista Missionário, que representa os interesses da rainha da Inglaterra e seu filho futuro rei, menos o interesse missionário original, de privilegiar a vida.

No bojo do livro há o link para um vídeo, documento comovente, daqueles que provocam pavor, tristeza e um sonoro palavrão, recurso da impotência, ao constatar uma faceta do desprezo dos governantes brasileiros e dos poderosos nobres europeus para com a vida. As cenas gravadas numa aldeia Ianomâmi, mostram com detalhes o enterramento de duas crianças vivas. Uma que aparenta cerca de 5 anos e outra, talvez com um ano de idade.
http://www.youtube.com/watch?v=PmgpInARaTE&NR=1

O livro reúne depoimentos de pesquisadores e cientistas sociais sobre esta aberração e comenta a situação similar de crianças não índias, nas cidades: “A violência contra crianças constitui um aspecto triste em quase todos os níveis da sociedade brasileira”. A Lei prevê punição severa para o crime de infanticídio. Será que os índios não são brasileiros?

Edson Barak responde: “somos índios, cidadãos brasileiros, na cidade ou na aldeia... Chega de sermos manipulados por organizações do governo ou não governamentais. Edson é um líder indígena sobrevivente do infanticídio. Formou-se em História e fez pós graduação em Antropologia.

Os índios estão se mobilizando contra o que o Conselho Indigenista Missionário, outras ONGs e a FUNAI denomina “tradições”, “diversidade cultural”. O Secretário Adjunto do Conselho Indigenista Missionário, Saulo F. Feitosa, declara que “O infanticídio enquanto prática cultural e moralmente aceita, não pode ser combatido de maneira intervencionista”. “Aceita” por quem seu Saulo? E a Lei não pode intervir contra o crime?

A posição da FUNAI, revelada por um de seus ex presidente, Mercio Pereira, que ostenta um título de antropologia é que “o infanticídio não é desumanidade, porque culturalmente a criança não é um ser completo”. No entender deste senhor isto é “antropologia cultural”! Puta merda! Pode ser antropologia petista.
Para o PT, a Constituição não vale para os índios. A declaração é do deputado petista Francisco Praciano, do Amazonas e pode ser vista no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=Y3YUO98f000&feature=related

Os crimes relatados, somam 68 em 2004, 98 em 2005 e é de pasmar: 665 em 2006! São dezenas de aldeias onde esta tradição é preservada e os crimes são cometidos com a complacência da FUNAI e do Conselho Indigenista Missionário, (CIMI) da CNBB aquele mesmo que é financiado pelo Conselho Mundial de Igrejas, através do Departamento do Desenvolvimento Internacional da Inglaterra.

As ações do Conselho Mundial de Igrejas mobilizando o Conselho Indigenista Missionário da CNBB e ONGs, foram elaboradas durante o "I Simpósio Mundial sobre Divergências Inter-étnicas na América do Sul" e reuniões posteriores. Algumas diretrizes constantes dos documentos:

“É nosso dever: garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico.”
“É preciso infiltrar missionários e contratados, inclusive não religiosos, em todas as nações indígenas, para aplicar o Plano Base destas Diretrizes, infiltrando-os também em todos os setores da atividade pública, a fim de viabilizarem a boa execução desse plano."

“É nosso dever: manter a floresta amazônica e os seres que nela vivem, como os índios, os animais silvestres e os elementos ecológicos, no estado em que a natureza os deixou antes da chegada dos europeus.”

O professor de Filosofia da UFRGS, Denis L. Rosnfield, acrescentou que em suas publicações, o Cimi reconhece a aliança estratégica com o MST e a participação operacional na depredação da Aracruz, bem como apoio logístico em manifestações, campanhas e abaixo assinados. No site internacional www.guarani-campaign.eu, cujo conteúdo é elaborado pelo Cimi, a interferência em assuntos brasileiros é explicita, “começando por uma apresentação gráfica da América Latina sem fronteiras, sob o nome de Ameríndia.

Juntando tudo temos dona Elizabeth coroada, as ONGs e Fundações mantidas pelos controladores financeiros do planeta, o PT e seus asseclas, os bispos e padres comunistas teologistas da libertação, todos juntos e coniventes com crimes de infanticídio. Todos juntos para mudar o mapa do Brasil e do mundo. Todos juntos para fundar o Governo Totalitário Mundial.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O MST, A CNBB E A RAINHA DA INGLATERRA

Por Arlindo Montenegro

Ontem, o Alerta Total disponibilizou uma página do site Cavaleiro do Templo, com o vídeo em que o Sr. Gordon Brown defende com unhas e dentes a “nova ordem mundial” sob ataque cerrado dos opositores. Nos EUA o Sr. Obama defende o mesmo e os norte americanos que prezam os princípios legados por seus fundadores, também já se estão mobilizando contra o poder global. Aqui o Stalinácio e sua amada dona Dilma Stalinista, trabalham na mesma direção.

Gordon Brown defende com todas as letras a liderança mundial da Grã Bretanha. Os americanos que prezam sua constituição dizem que é o momento de parar com esta conspiração, que visa destruir a República. Adiantam que a liberdade no planeta depende da reação daquele povo, que obediente ao estado democrático de direito, construiu seu país garantindo as mais amplas liberdades conhecidas na história da civilização.

Agora o mundo está sob ameaça dos banqueiros e controladores dos recursos mundiais. Começam a surgir as primeiras reações à submissão total dos Estados e das populações aos bancos e grandes corporações. Esta introdução é apenas para ressaltar o grande interesse da monarquia britânica sobre a Amazônia e como as ONGs e Fundações alimentadas pela coroa inglesa disfarçam bem a intervenção em terras e políticas brasileiras.

O livro “Máfia Verde” escrito em 2001 por uma equipe de investigadores da Executive Intelligence Review (EIR), documenta a fundação do MST pela Comissão Pastoral da Terra, e a intimidade da coroa britânica com o Conselho Mundial de Igrejas, (CIMI) da CNBB através do Departamento do Desenvolvimento Internacional, que em 1997 era dirigido por Lady Linda Chalker, a mulher que coordenou pessoalmente o apoio aos genocidas africanos: Kabila do Congo, Museveni de Uganda e Kagame de Ruanda.

A Gazeta Mercantil de 21 de Outubro de 1997, informava que Delwek Matheus, membro da Direção Estadual do MST de São Paulo, foi recebido em Londres pelo Vice-ministro de Desenvolvimento Internacional, George Fowles. Logo em Agosto do mesmo ano, Diolinda Alves de Souza, com patrocínio da Christian AID da Igreja Anglicana, cujo chefe superior é a própria rainha Elizabeth II, viajou à Europa para evitar a prisão de seu marido José Rainha - considerado o líder militar maoísta do MST, condenado a 26 anos de prisão por sua participação em dois assassinatos cometidos Pedro Canário (ES).

A Cristian AID, que integra a estrutura do Conselho Mundial de Igrejas, tem assento na Fundação dos Agentes da Coroa, um anexo do Departamento do Desenvolvimento Internacional. É este anexo que financia o MST desde 1986, mobilizando a propaganda e apoio político. Em abril de 1996, quando o MST enfrentou a Polícia MiIlitar do Pará, em Carajás, o Sr. Domingos Armani, então diretor do Projeto Brasil da Crfistian AID, afirmou de público que “o sangrento massacre era resultado direto da falta de reforma agrária”.

Além da Cristian AID, é o mesmo governo brasileiro que disponibiliza recursos para que os ingleses atinjam seus objetivos no Brasil. Recursos que saem para diversas ONGs sem prestação de contas. Entre essas estão “Os Amigos da Terra” e a Oxfam que se mobilizaram internacionalmente para a criação da reserva indígena Ianomâmi. E também a Right Livelihood Foundation, que patrocina João Pedro Stédile, a Anti-Slavery International, criada por famílias oligárquicas inglesas. Um dos descendentes dos fundadores é o Lord Buxton, também vice presidente do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) do príncipe Philip, herdeiro do trono inglês.

Uma relação para encerrar: Em 1989, Paulo Freire, o pedagogo comunista tão apreciado pelos acadêmicos que formam os professores das nossas crianças e um dos idealizadores do MST, foi agraciado com o Premio Internacional Rei Balduíno, da casa real da Bélgica. Em 1997, foi o MST quem recebeu o prêmio.

Estes reis são muito caridosos, ninando uma organização que não existe de direito. Estes nossos governantes, idem, ajudando financeiramente e deixando as portas abertas para a invasão e controle de terras e grupos ativistas radicais comunistas. Estes bispos da CNBB que fingem falar em nome da Igreja, fazem o mesmo. É a “Nova Ordem Mundial” em ação! É o propósito dos Reis, do Obama, do Lula, da dona Dilma, do Putin: controle total capimunista, empresas e bancos sem fronteiras, terror de todo tipo para manter o poder do império invisível.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

“DESFOLHANDO A MARGARIDA”

Por Arlindo Montenegro

Enquanto leio a notícia do Financial Times sobre a entrada do Meirelles na política, os feirantes preparam as barracas da feira semanal na madrugada fria e chuvosa de verão. É de lascar! Milhões de feirantes, camelôs, agricultores, motoristas – trabalhadores produtivos com a mão na massa – fazendo das tripas coração, para sobreviver, cercados pela cambada de banqueiros que corrompem os que fazem as Leis, que não são respeitadas pelo governo.

O sujeito já é político, está acima dos políticos, manda nos políticos. Inscrever-se como membro de um partido que prima por ser descarado entre os descarados é mais um passo estratégico, para somar mais poder entre os que controlam impostos, taxas, educação e saúde nos mais baixos níveis, segurança zero como política de instrumentação do terror de um governo complacente com o crime organizado. Um governo integrado por terroristas de carteirinha.

Por falar em segurança, o governo está muito preocupado com a violência da guerra entre facções criminosas que já matou mais de 30 pessoas na Somália! Mas no Rio onde morreram quase 50 numa semana ou no resto do Brasil onde se podem somar centenas de mortos a cada semana, vitimados pelas políticas governamentais, nem falar.

No nordeste um prefeito petista é preso com crack. No congresso um deputado petista, Eduardo Valverde, de Roraima, retira um projeto de lei inspirado em resolução da ONU, em defesa da sociedade urbana e para inibir ações terroristas. A justificativa é que “o partido, PT, não quer “criminalizar o MST”. Ora, o MST já é uma organização criminosa, terrorista, e “braço armado” dos comunistas mais radicais, que nem o Sr. Stédile, dona Dilma, esta que o Financial Times dos amigos do Sr. Meireles aponta como provável sucessora do Lula.

É um joguinho sórdido de gato e rato, de engana trouxa! É só anotar a informação da “Contas abertas” e comparar os investimentos em segurança com os de propaganda. Os investimentos em educação e saúde, com o inchaço da máquina governamental com militantes petistas. É só informar-se como os políticos controlam empresas públicas e desviam recursos para os partidos, empresas e contas pessoais. Depois de controlar a Petrobrás, estão de olho na Vale do Rio Doce. Os méritos são dos banqueiros internacionais amigos do Meirelles: investem, corrompem e controlam.

Aqueles feirantes ali, armando suas barracas na madrugada, como os agricultores que coletaram seus produtos para levar às empresas Ceasa, logísticas do abastecimento de frutas e verduras das cidades, produtores privados e pequenos empresários, estão todos – sem exceção – controlados por esses banqueiros. São todos, com suas famílias, sem exceção, vitimados pelos deficientes serviços de educação, saúde, segurança que o Estado tem o dever de proporcionar aos cidadãos.

Mas o governo está preocupado com a violência na Somália, com as deficiências dos EUA obamista, com ferrar a democracia hondurenha, com aproximar-se do Irã, dispensando até passaporte para os viajantes de lá pra cá e daqui pra lá. O governo está preocupado em negociar com a China, com a Rússia e bagunçar o coreto interno no Brasil, com as piadinhas infames do “cara”, com as mentiras sucessivas, com o conto do PACo! Com muita propaganda descarada.

Tudo com as bênçãos da CNBB que finge ser autoridade eclesiástica como o Banco Central finge cuidar dos interesses do Brasil e dos brasileiros. São organizações que deviam sumir do cenário político. A CNBB por sua prepotência, falsidade dos bispos comunistas, militância no “teologismo da libertação” pregando a substituição da fé pela foice, fuzil e depredações. Pela complacência com o infanticídio, com os crimes do MST e enganação dos fiéis difundindo a materialização do abstrato que nem dando nó em fumaça.

A incerteza que marca os nossos dias, atinge também todos os países americanos. Os senhores da Inglaterra e dos EUA, da Rússia e da China, no afã de ficar por cima da carne seca, liderar no cenário da economia e política capimunista globalizada, criaram uma crise, sumiram com os recursos financeiros do mundo. Na briga de foice que travam entre si, espalham o terrorismo, limitam as liberdades e invertem os valores.

As lições, os exemplos, os fatos gerados pelo estado totalitário, de economia capitalista ou marxista, estão relatados, documentados e devidamente engavetados, escondidos, mas não esquecidos. A saída proposta pela globalização e pela “nova ordem mundial” somente acrescenta em morticínio, dor, fome, miséria, sofrimento, ignorância e brutalidade.

Milton Friedman, Mises e outros geniais pensadores e líderes apontam outras alternativas há decênios. Uma delas é de economia doméstica: gaste economizando sem endividar-se, que os bancos são vorazes e vão comer seu fígado! A outra é: Estado mínimo: controles e decisões municipais sobrepondo-se aos controles estatais e Estados podendo decidir suas prioridades sem o controle do voraz poder centralizado, este aí do Stalinácio, da dona Dilma, do banqueiro Meirelles, que tem dado as cartas, para as decisões econômicas e políticas que afetam irremediavelmente todos os brasileiros.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PARADOXO DO NOSSO TEMPO

Por George CArlin (Maio, 1937/Junho 2008)

"Nós falamos demais,

amamos raramente,

odiamos freqüentemente.

Nós bebemos demais,

gastamos sem critérios.

Dirigimos rápido demais,

ficamos acordados até muito mais tarde,

acordamos muito cansados,

lemos muito pouco, assistimos TV demais,

perdemos tempo demais em relações virtuais,

e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens,

mas reduzimos nossos valores.

Aprendemos a sobreviver,

mas não a viver;

adicionamos anos à nossa vida

e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua,

mas temos dificuldade em cruzar a

rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço,

mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores,

mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,

mas não nosso preconceito;

escrevemos mais,

mas aprendemos menos;

planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar

e não, a esperar.

Construímos mais computadores

para armazenar mais

informação,

produzir mais cópias do que nunca,

mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food'

e da digestão lenta;

do homem grande, de caráter pequeno;

lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos,

vários divórcios,

casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas,

fraldas e moral descartáveis,

das rapidinhas, dos cérebros ocos

e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e

muito pouco na dispensa.

Lembre-se de passar tempo com as

pessoas que ama, pois elas

não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso

em seus pais, num amigo,

pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua

companheira(o) e às pessoas que ama,

mas, em primeiro lugar, se ame.

Um beijo e um abraço curam a dor,

quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua família,

seus amores, seus amigos,

a pessoa que lhe ama,

e, aquelas que estão

sempre ao seu lado."

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Por Arlindo Montenegro

Que o mundo está confuso e violento é uma realidade. Que os valores tradicionais são respeitados e prezados apenas por minorias é verdade. Que pais e filhos concebem a vida e relacionamentos de modo cada vez mais conflitivo é uma constatação diária. Que os governantes mentem e violam as leis, também é fato rotineiro, pior, sem punição pois estão acobertados por imunidades e se valem costumeiramente das práticas de corrupção e força.

Este é o ambiente revolucionário em que vivemos. Os únicos que ainda têm uma esperança sólida são os que prezam a tradição cultural da civilização cristã, desmantelada por Marx, Lênin, Stalin e seus seguidores, que nem Antonio Gramsci, Marcuse, Althusser, os “teólogos” da libertação e também personagens menores, como o Ministro da Educação, um moço que recomendou em recente programa veiculado pela Rede TV, a leitura do manifesto comunista pelos mocinhos da escola secundária básica.

A perversão elaborada pelo psicopata fundador do partido comunista italiano, Antonio Gramsci, tem sido há dezenas de anos o fundamento das políticas educacionais e culturais desta quase nação de homens livres. Na esteira dessa prática, espalham-se os valores que fazem do banditismo uma virtude. A partir da formação básica, implanta-se na mente das crianças o cientificismo histórico, os preconceitos, a luta de classes e os modismos que substituem a cultura e a fé tradicional pela anarquia existencial e desprezo ao transcendental.

A guerra que atribuem ao tráfico de drogas é resultante das políticas e prioridades do governo, obediente às diretrizes do Foro de São Paulo visando a implantação do comunismo nas Américas, Central e do Sul e depois mais além. Aquilo que era consciência de cidadania democrática responsável nos EUA, já está sendo desmontada pelo novo campeão da paz, Obama. E metade dos norte americanos já começa a reagir.

Toda essa onda de violência e inversão de valores tem uma origem e um propósito muito bem definido. Na origem do marxismo iniciou-se a cruzada pela eliminação da fé e substituição dos dogmas religiosos pelos dogmas do historicismo marxista, dito “científico”. Ora científico! Os próceres e seguidores desta cruzada começaram por ignorar a essência espiritual, negar sua existência e substituí-la pelo que denominam verdade única: luta de classes.

Na prática provaram a habilidade em esconder os próprios fracassos econômicos, a brutal violência, o infinito desprezo à vida e à liberdade individual. Que ciência existe em utilizar o poder e a força das armas para submeter a pessoas? Que ciência existe em fuzilar, prender e agredir nações para impor um pensamento único? Para impor um partido único e deificar personalidades solertes, amorais e assassinos?

Na linha do pensamento determinista do historiscismo marxista, a tal “teologia” da libertação, reinterpretou os Evangelhos e atirou ao lixo toda a crença dogmática do cristianismo, que ensinava a ler a História Sagrada em vez do manifesto comunista. O respeito e veneração a um Deus vigilante da consciência individual, mas tolerante permitindo o livre arbítrio, bem como os valores familiares, os bons costumes, moral e honestidade foram atirados ao lixo pelos padres marxistas da “teologia” da libertação.

A macro heresia teológica da libertação, encarregou-se de esculhambar com a fé. No marxismo científico está a suprema desonestidade. Promete um mundo melhor e a impossível igualdade quando historicamente utiliza a ignorância e a submissão servil, laminação da pobreza moral e material e o fato de ser escrito com o sangue de mais de 150 milhões de vítimas, por carências nutricionais, trabalhos forçados, prisões, torturas e fuzilamentos sumários e muita, muita droga!

Que outra guerra conta tantos mortos? E a contabilidade continua crescendo a cada dia. Por que é quase proibitivo falar verdades sobre as práticas e a natureza perversa dos comunistas? Eles estão nos libertando? Não! Estão roubando nossas vidas, nossos lares, a fé herdada nos ancestrais, estão roubando a esperança. E utilizam de modo distorcido a nossa estrutura de pensamento para confundir.

Falam do “povo de Deus” distorcendo as Sagradas Escrituras. O indivíduo que por seus dons, trabalho persistente e fé constrói obra que o diferencia dos outros, deixa de ser “povo de Deus” e passa a ser inimigo capitalista, segundo o dogma marxista da luta de classes. Passa a ser um espoliador de quem nada criou. A verdade do trabalho e esforço individual deixa de vigorar como medida de gratificação diferenciada.

“Nunca antes na historia deste país” se fez sentir com tanto vigor a necessidade do estudo, da reflexão, da criação de grupos leitores e debatedores, na direção de revigorar a fé no transcendental, a força espiritual. Nem os partidos, nem os políticos atuantes vão tomar iniciativas consistentes. Somente a fé e o combate frontal ao comunismo e à herética teologia da libertação, poderão formar pouco a pouco mentes fortes, livre, sadias.

“Nunca antes na historia deste país” se contaram tantos cadáveres em função das decisões e escolhas de um governo cínico e irresponsável que prestigia e convive com os mais insolentes ditadores. Que prestigia terroristas. Que permite aos narcotraficantes das farc abastecer de armas e drogas as nossas cidades. Que permite todas as perversões e degradação moral. Que desfigura a Pátria e amesquinha a Nação.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

FHC, O INTELECTUAL E A MACONHA

por Ipojuca Pontes

Fernando Henrique Cardoso: posição polêmica sobre drogas, mas coerente com
agenda de grupos internacionalistasAos 78 anos, a maioria dos quais vividos na
base do que o comediante italiano Totó chamou de “grandinare de brillante
chimico” (tradução possível: “cascata”, sinônimo de conversa fiada), Fernando
Henrique Cardoso vai ser a estrela de documentário nativo sobre a
descriminalização da maconha, cujo uso, ainda considerado crime no nosso código
penal (Lei 11343/2006), o ex-presidente tem como inimputável. Só como lembrete:
embora negue, FHC declarou em New York que fez uso da cannabis sativa, o nome
científico da velha “erva do diabo”.

Para voltar às manchetes, além das que já industrializa numa bulha de mentira
como o ex-pupilo Lula da Silva (usual devorador de bebidas destiladas e
fermentadas), FHC vem considerando, com energia que dá para desconfiar, o ato de
fumar maconha como um “problema de saúde pública” – o que significa encarar o
viciado não como contraventor, mas um enfermo a merecer cuidados especiais do
Estado. Em termos concretos, em vez dos rigores da lei a punir o consumidor,
principal sustentáculo do narcotráfico, seriam instituídas “políticas públicas”,
com a grana do contribuinte, para controlar, financiar, distribuir e tratar de
milhões de viciados em todo território nacional.

Projetemos aqui o quadro vivo, no futuro, mas já agora em andamento, do
desempenho de uma dessas “políticas públicas” do Estado-Babá no campo do
controle do vício, defendido por FHC: o dependente adulto (ou mesmo o pit-boy ou
o pivete desvalido), depois de puxar a erva para ficar “numa boa”, cai na
“pista” para “curtir o barato”. Como o dependente, de um modo geral, não é nem
de longe o “bom selvagem” de Rousseau, na sua “curtição” pelas ruas ele tanto
pode cair na exaustão e puxar um ronco quanto – o mais rotineiro – assaltar ou
trucidar o próximo, para arrancar “algum”, se possível sem deixar vestígios.

Mais tarde, torrada a grana da vítima, mas sem ânimo (ou chance) para cometer um
outro achaque, o viciado, com a carteirinha do PAD (“Plano de Apoio ao Drogado)”
em mãos, passa no “posto oficial de saúde” para receber assistência psicológica,
doses homeopáticas de conselhos fraternais e, como tratamento químico
complementar, a cota de maconha ou de outra droga considerada ilícita – o que na
certa o conduzirá a novos crimes, pois o viciado, com ou sem tratamento, “sempre
quer mais, e em maior escala” (Charcot, “Les maladies du Système Nerveux”).

No seu universo vocabular pedante, FHC classifica a prática acima descrita como
“política de diminuição de dano” – artifício de linguagem na certa criado nos
intestinos do “Diálogo Interamericano”, a entidade dos socialistas fabianos. Só
para refrescar a cabeça do leitor: o DI, que tem em FHC um agente ativo, é uma
organização globalista financiada pela Fundação Rockefeller, cujos objetivos
básicos são, entre outros, 1) debilitar as Forças Armadas da América Latina, 2)
promover a substituição do aparato estatal pelas ONGs esquerdistas (“sociedades
de redes”) e 3) liberar o uso da droga ilícita, a maconha incluída.

Antes de dar tratos à bola, convém repassar alguns dados sobre o negócio da
droga no Brasil: segundo relatório do “Escritório das Nações Unidas contra a
Droga e Crime” (UNOFC), cerca de 80% do contrabando de armas, tráfico de
mulheres e crianças, assaltos à mão armada, sequestros, estupros, roubos e
crimes de morte por execução violenta ocorridos em solo pátrio estão de algum
modo ligados ao narcotráfico. Por sua vez, o citado relatório informa que em
2008 prevaleceu no país a supremacia do consumo da maconha sobre a cocaína, a
primeira abrangendo universo de prováveis nove milhões de usuários e a segunda,
mais cara, somando cerca de 870 mil dependentes.

Para o UNOFC, cujos dados são avaliados sempre para menos, o comércio da droga
em escala mundial rendeu na temporada alguma coisa em torno de 400 bilhões de
dólares. Segundo o relatório, o narcotráfico teria lucrado muito mais não fosse
a “guerra total” de repressão às drogas empreendida pelos americanos, não só
contra a produção, mas o seu consumo. As razões apontadas para a expansão do uso
da droga nos últimos dois anos dizem respeito não ao fracasso da ação
repressiva, mas a dois fatores considerados “decisivos” para que isso ocorresse:
a qualidade do produto, de maior “pureza”, e a forçada queda no preço da
cocaína, uma bem-sucedida estratégia dos traficantes levada adiante para a
melhor oferta no mercado internacional.

Voltemos ao “cascateio” de FHC: em recente entrevista concedida à “Veja”
(23/09/2009), o presidente de honra do PSDB se apresenta como o paladino da
liberação da maconha em solo pátrio. Depois de tecer considerações negativas
sobre o conceito de “guerra total” às drogas, defende a tese de que “o usuário
da droga deve ser visto como um problema médico e o traficante como bandido” –
uma mistificação inapelável, óbvio, visto que o traficante não pode existir sem
a grana do consumidor – tipo já classificado em estudos críticos como tendente
ao “parasitismo social e à criminalidade”.

Na entrevista, pretendendo mudar o “paradigma” da abordagem convencional, o
venturoso acadêmico puxa a brasa para a própria sardinha e dá a fórmula para se
enfrentar a questão da droga. Diz ele: “Em vez de concentrar esforços na
repressão, você poupa os recursos existentes para as campanhas educacionais e
para a busca da redução do consumo”.

Bonito, é. Mas, bem examinada, há nesta fórmula a contradição enfrentada pela
cobra de duas cabeças: na prática, enquanto o governo torra a grana do
contribuinte em campanhas educativas em geral inócuas, na mídia, nos colégios e
universidades, professores e intelectuais engajados mostram-se tolerantes (ou
quando não coniventes) com o uso da droga, muitos deles – como FHC e o seu
Diálogo Interamericano, por exemplo – empenhados na campanha aberta pela sua
liberação.

Neste sentido, convém lembrar que a expansão em massa do uso da droga nos
colégios e universidades se deu a partir da ação dos pensadores da Escola de
Frankfurt, vivendo nos Estados Unidos, no início dos anos 1960. Um deles,
Herbert Marcuse, juntando Freud à Marx em “Eros e a Civilização” (a “Bíblia dos
drogados”), promovia entre estudantes da Universidade de Berkeley, na
Califórnia, o consumo da droga como “ato político” e instrumento da
“contracultura” – vale dizer, contra os valores da civilização ocidental.

Levando adiante o seu discurso insensato na defesa do maconheiro, FHC
radicaliza: “Mas não adianta a repressão ser dura com o consumidor. Se você o
colocar na cadeia, ele vai continuar fumando, só pagará um preço maior por
isso”. Bem, pergunto eu: e daí? Vai se deixar o viciado nas ruas, como de resto
já está se deixando, para exercer livremente a sua criminalidade potencial?
Neste caso, quem se responsabiliza pelas 50 mil mortes anuais provocadas pelo
uso e tráfico da maconha, cocaína, crack e ecstasy no País? Os intelectuais
revolucionários? Os legisladores engajados? Os professores permissivos?

Na defesa da descriminalização da maconha, o paladino do DI adota tom
escorregadio, na base do “sim, mas...”, e cita como exemplo o caso de Portugal,
que, em 2008, liberou em pequena quantidade o uso da droga ilícita e, segundo se
diz, viu o seu consumo diminuir em 10%. Os dados de Portugal, que é um país de
apenas dez milhões de habitantes, são recentes e na verdade ainda não permitem
um exame acurado da questão. Mas, a persistir a experiência atual, como será a
vida em Portugal nos próximos dez anos?

Por outro lado, perito na desconversa, FHC não aprofunda a discussão. Por
exemplo, não menciona os dados estatísticos da Holanda, país que liberou o uso
da droga em 1976 e viu o seu consumo aumentar em 400%. Nem se reporta ao caso da
Bélgica que, depois de liberar o uso da droga, teve de recuar e adotar severas
medidas contra o seu consumo, tão logo a população indignada saiu de casa e, no
que se chamou a “Batalha de Bruxelas”, tratou de expulsar os viciados das ruas
da cidade.

E tampouco revela que por trás do negócio bilionário do narcotráfico se esconde
a ação revolucionária das FARCs sob a guarda dos integrantes do Foro de São
Paulo, a entidade supranacional fundada por Lula da Silva e Fidel Castro, que
tem por objetivo impor o socialismo na América Latina.

Pior ainda: sequer questiona a denúncia do GAO (Government Accoutability
Office), a auditoria geral do Congresso americano que associa atos como o da
“materialização” do deposto Zelaya na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, ao
projeto de Chávez e das FARCs (quem sabe monitorados por Marco Aurélio Garcia,
o executivo do FSP e assessor de Lula para “assuntos revolucionários”) de
fazerem de Honduras um posto avançado para a melhor distribuição da cocaína nos
EUA – o que faz sentido.

No final do “show” das Páginas Amarelas, FHC se atribui o direito de achar-se um
homem superior, em contraposição ao “homem comum”. Ao ser indagado se o seu
partido compartilharia de suas opiniões, ele blasona: “A maioria do PSDB pensa
como o homem comum – e o homem comum tem horror de pensar nesse assunto
(liberação da droga). Mas (...) ou se toma consciência de que temos de fazer
algo diferente de que temos feito, sem covardia e sem leniência, ou seremos
irresponsáveis. Alguém tem de ter coragem de dizer essas coisas”.

Ao refletir sobre o receituário de FHC relacionado à maconha, tive um agudo
sentimento de horror. Palavra de honra! – nunca vi tanta degradação moral saída
da boca de um intelectual laico, e olha que sou um expert em ler todo tipo de
estupidez. Como pode o sujeito que já foi presidente da República duas vezes,
conhecendo os males humanos e sociais provocados pela droga, defender o seu
consumo com argumentos tão falaciosos? Nem mesmo a irracional vontade “marxiana”
de destruir a “sociedade burguesa” serve como justificativa.

Talvez seja por causa de tais opiniões que grande parte da população brasileira
manifesta o maior desprezo pelos seus intelectuais, especialmente os que se
acham no direito de ditar regras e formar juízos, pessoas que, se nas suas vidas
privadas são capazes das piores vilanias, em público, falando ou escrevendo, têm
a pretensão soberba de conduzir os destinos da humanidade.

Claro, o “homem comum” está coberto de razão: é preciso cada vez mais olhar esse
tipo gente com muita cautela, sobretudo no que diz respeito aos seus
diagnósticos em matéria de cultura, moral e política, pois, o mais das vezes,
quando o intelectual salvacionista resolve “fazer algo diferente do que temos
feito”, ficamos sempre à mercê das maiores desgraças e dos piores crimes.
Que o digam Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Mao, Che e Fidel, todos aplicados
idealizadores de monstruosas experiências de engenharia social.

Fonte: site midia@mais

terça-feira, 13 de outubro de 2009

CORAGEM HONDURAS!

Solicitação recebida por Graça Salgueiro do Notalatina:

http://notalatina.blogspot.com/2009/10/o-caso-das-vacinas-criminosas.html

Não se esqueçam que Honduras será o exemplo de luta pela democracia para os outros países da América Latina; por isso que esses presidentes comunistas estão fazendo tanta pressão para oprimir a manifestação contra Zelaya.


“Recebi uma solicitação do correspondente hondurenho, em que ele pede aos amigos de Honduras a fazer exatamente isto. Ele diz que Micheletti está sofrendo inúmeras pressões (sobretudo depois que Zelaya estabeleceu a data de 15 de outubro para sua volta ao poder) para descumprir o que reza a Constituição. Até agora Micheletti se manteve firme como uma rocha, mas ele é humano e precisa do apoio de todos os que respeitam as leis, a democracia e querem distância do maldito Socialismo do Século XXI, para não fraquejar”.

Enviem mensagens curtas mas fortes e encorajadoras para este e-mail, pois ele precisa do apoio de todos nós: michelettimipresidente@yahoo.com

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

GUERRA DE RAÇAS

Entrevista do antropólogo Prof. Hilário Rosa, um dos mais conceituados antropólogos brasileiros, ao mensário 'Catolicismo,' advertindo sobre o perigo que representa a guerra de raças promovida pelas esquerdas no Brasil, na maioria dos casos contra a vontade até de seus 'beneficiários'.

Revisionismo indigenista e neomissiologia

Na origem das absurdas demarcações de “terras indígenas” encontram-se movimentos de esquerda, que vêm prejudicando a produção de alimentos e causando insegurança entre os proprietários

De norte a sul, a política indigenista em curso vem rompendo a harmonia social e racial do Brasil. Extensas áreas vêm sendo demarcadas como reservas indígenas, ao mesmo tempo que delas são expulsos seus legítimos proprietários, ali radicados no mais das vezes há várias gerações. Uma política que vem dividindo perigosamente nossa sociedade entre brancos, negros, índios e mestiços.

Nesse quadro tão alarmante, poucos antropólogos têm a coragem de contrariar a FUNAI, no momento uma longa manus do governo federal, fornecedora de “laudos fantasiosos” para fins de“demarcação de territórios” indígenas. Grave improbidade dos responsáveis por tal política, como de quase toda uma classe profissional, a dos antropólogos, que no exercício da sua profissão não deveriam se afastar do compromisso com a verdade.

Catolicismo entrevistou o professor Hilário Rosa, mestre em Antropologia, História, Sociologia e Geografia. Atualmente leciona na USC — Universidade do Sagrado Coração, da Universidade Católica de Bauru (SP), onde ministra o curso de Antropologia Forense ou Antropologia Pericial.

Por sua posição firme e bem fundamentada, o professor Hilário Rosa tem participado de perícias judiciais a convite da Justiça Federal, como assistente técnico, sociólogo, antropólogo e historiador desde 1987.

* * *

Catolicismo — O Sr. poderia fundamentar a ilegitimidade dos chamados esbulhos e expropriações praticados pelo governo federal, sob pretexto de tutela indígena?

Prof. Hilário Rosa: “O governo, através da FUNAI, expropria as terras de nossos produtores rurais, que trabalham sob constantes riscos e com total insegurança jurídica”. Basta compulsar o Diário Oficial da União, para se tomar conhecimento das portarias da FUNAI, do Ministério de Justiça, bem como dos processos administrativos da União contra os produtores rurais dos mais diversos quadrantes. Seu único “crime” seria o de produzir para a sociedade alimentos em quantidade e qualidade, além de baratos. Enfrentam dificuldades, intempéries e inúmeras pragas, que os obrigam a arcar com pesados investimentos para garantir a colheita. A esses fatores somam-se os juros altos, as incertezas e as especulações do mercado nacional e internacional, e agora a intempestividade do governo com os processos administrativos de expropriação, e o esbulho de suas propriedades.

A prova de dolo e de má-fé do governo em tais procedimentos é o fato de que a FUNAI, não obstante saber que no final de cada processo se faz necessária a provisão de verbas para as devidas indenizações (no caso de desapropriação por interesse social), não as coloca em seus orçamentos anuais. A maior prova de que o governo trata com desrespeito a classe rural, é que não existe dotação orçamentária para uma situação delicada como esta. Na verdade, o que o governo faz através da FUNAI é expropriar (roubar) as terras de nossos produtores rurais que, além de trabalharem sob constantes riscos, ainda devem se preocupar com a total insegurança jurídica.

Ora, se o governo quisesse cumprir sua obrigação constitucional para com os silvícolas, bastaria seguir o estatuído no caput do Art. 26 da Lei nº 6001/73, o chamado Estatuto do Índio: “A União poderá estabelecer, em qualquer parte do território nacional, áreas destinadas à posse e ocupação pelos índios, onde possam viver e obter meios de subsistência, com direito ao usufruto e utilização das riquezas naturais e dos bens nelas existentes, respeitadas as restrições legais”.

Catolicismo — O que se deve entender por “respeitadas as restrições legais”?

Prof. Hilário Rosa — Trata-sede respeitar sobretudo dois direitos: o de propriedade e o de segurança. E é exatamente isso que o governo não vem fazendo, quando a FUNAI instaura processos administrativos arbitrários, baseados em laudos antropológicos falsos, fantasiosos, visando à expropriação de ruralistas que compraram suas terras na melhor forma da lei e detêm a posse e o domínio legítimo de seus imóveis.

O governo vem insistindo em criar gigantescos latifúndios indígenas, atropelando o direito de propriedade. Cumpre esclarecer que o direito de propriedade é assegurado a qualquer cidadão, mesmo estrangeiro, desde que na forma da lei, pois está consagrado no Art. 5º, § XXII,Título II — Dos Direitos e Garantias Individuais. Portanto, o governo jamais poderia, em nome do direito indígena, expropriar ou esbulhar qualquer proprietário, como o vem fazendo.

Catolicismo— Qual seria a melhor política governamental para salvaguardar os interesses dos índios, sem vir a reboque das ONGs e sem ferir o direito de particulares?

Prof. Hilário Rosa — O que acabei de afirmar não importa em negar à União o direito e até o dever de defender, resguardar e resgatar — quando ameaçados — os direitos do índio. Para isso o governo dispõe de instrumentos jurídicos, os processos administrativos a serem utilizados diante de provas evidentes de lesão aos direitos dos indígenas.

Configurada tal hipótese, o processo deverá levar em conta não apenas o Decreto nº1775/96, mas de modo particular o que determina o Art. 37 da CF/88, bem como a Lei n° 9784/99, em todos os seus dispositivos que o regulamentam. Ou seja, a FUNAI e seus antropólogos precisam trabalhar de modo impessoal, com eficiência e moralidade e não estar a serviço de política ideológica, com processos administrativos discricionários e arbitrários, como vem ocorrendo nas três últimas décadas, sob o bafejo de inumeráveis ONGs nacionais e estrangeiras.

Catolicismo — Que papel desempenharam e vêm desempenhando os missionários católicos junto aos índios brasileiros?

“A partir do final da década de 1960, a Igreja Católica mudou profundamente sua visão filosófica e sociológica em relação aos nossos indígenas”
Prof. Hilário Rosa — Permita-me um breve histórico, entrando necessariamente num assunto muito delicado, mas de suma importância em toda esta questão. Com certeza interessará aos leitores de Catolicismo.

A partir do final da década de 1960, a Igreja Católica — que desde o Império colaborava com o Estado brasileiro na implementação da sua política indigenista — mudou profundamente sua visão filosófica e sociológica em relação aos nossos indígenas. Até então os missionários guiavam-se pela luz do Evangelho, ao procurar a assimilação e a aculturação dos índios, administrando-lhes a catequese. E ao mesmo tempo os assistia diante da política indigenista oficial, corporificada no Serviço de Proteção ao Índio — SPI, ao qual prestavam dessa maneira sua inestimável colaboração.

A perspectiva daqueles tempos dava prioridade à integração do índio na sociedade nacional, sem descuidar de lhe garantir terras, dentro de ações legítimas e legais. A Igreja Católica e o SPI (antecessor da FUNAI) criaram inúmeras reservas e parques onde os silvícolas, integrando-se aos poucos de acordo com suas vontades e conveniências,conforme a sociologia de cada grupo, foram preservando sua etnicidade.

A partir dos anos 60, para desgraça nossa, importantes setores da Igreja aderiram aos princípios do Congresso de Barbados (1971), que teve como objetivo básico, ditado por ONGs européias, rever todas as políticas culturais dos países latino-americanos com os indígenas.

Com efeito, a política indigenista brasileira, até então elogiada como modelo para o mundo, de repente passou a ser execrada e denunciada pelos antropólogos patrocinados pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e pelo Conselho Mundial das Igrejas, que num escandaloso processo revisionista passaram a denunciar tudo o que até então se havia feito na etnografia brasileira.

Curiosamente, para o Congresso de Barbados não foram convidados os antropólogos norte-americanos, pois os mesmos não teriam aceitado a intromissão européia nas suas relações étnicas, sobretudo com os indígenas.

Catolicismo — E qual a posição de nossos governantes diante dessa mudança radical de comportamento dos padres missionários?

Prof. Hilário Rosa — Infelizmente,o Estado brasileiro tem sido leniente nesse terreno. Desertando de seu dever, deixa-se levar por ações e propostas revisionistas e interesseiras, acabando por legitimar propostas imorais no sentido de balcanizar ou africanizar as relações dos brasileiros com seus irmãos indígenas.

Duas são as grandes vítimas dessa política oficial: os produtores rurais e as próprias comunidades indígenas, vergonhosamente exploradas e manipuladas por ONGs e entregues à sua própria sorte. Apesar dessas influências deletérias, alguns esforços no sentido de melhorar a vida dos índios vêm sendo feitos, como a construção de postos de saúde, gabinetes odontológicos, farmácias, poços artesianos e escolas em suas aldeias. Quero deixar claro que o dinheiro das ONGs nacionais e estrangeiras não é aplicado nessas ações positivas, como a profissionalização dos jovens índios que desejam se integrar no mercado de trabalho.

Sobre o comportamento do clero nessa questão, devo dizer que o Brasil nasceu sob as bênçãos da Igreja Católica, e que desde o início de nossa colonização — com figuras do porte de Nóbrega e Anchieta — o clero procurou abrandar a rudeza dos primeiros encontros entre os portugueses e os nossos indígenas.

A ação evangelizadora e civilizadora da Igreja era profundamente diferente da de hoje. Com prestígio junto à corte, conseguia arrancar do rei de Portugal inúmeras portarias ou alvarás régios, a fim de coibir abusos contra os índios. Hoje, infelizmente, determinados setores da Igreja, sob pretexto de defender os indígenas, na verdade conspiram contra a unidade nacional, o desenvolvimento e o bem-estar do País, comprometendo assim o amanhã de nossos filhos e netos.

Catolicismo — Quais são as interpretações errôneas do direito indígena à terra, no passado e na atualidade?

Prof. Hilário Rosa — No período colonial, passando pelo Império até a criação do SPI no iníciodo século XX, a visão única era de assimilação do indígena, ou seja, deveriam constituir, com os outros povos que aqui aportaram, o povo brasileiro, sem resguardar sua etnicidade.

A partir de 1934 adquiriu amparo constitucional o Direito Indígena, com uma visão mais moderna baseada na integração nacional, que prometia respeitar as tradições dos índios, sua língua e cultura, dentro de seus territórios, embora o Estado brasileiro continuasse seu tutor.

Presentemente,as interpretações errôneas que a FUNAI, o Ministério da Justiça e o Ministério Público Federal vêm dando ao indigenismo poderiam inviabilizar o Brasil como nação soberana. Esses órgãos confundem indigenismo com a posse imemorial da terra, sem limite no tempo.

Em colaboração com o jurista Dr. Tales Oscar Castelo Branco, já escrevemos sobre isto um artigo: “Do direito dos índios à terra no passado e na atualidade brasileira – ‘Gênese do Indigenato’”, publicado na Revista do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) e no site Consultor Jurídico.

Catolicismo — Qual vem sendo a aplicação do princípio do indigenato a partir da Constituição de 1988?

Prof. Hilário Rosa — Procuramos demonstrar no referido artigo que o indigenismo, tal como está esculpido no texto da CF/88, só tem sentido a partir de 5 de outubro de1988, data em que entrou em vigor a atual Constituição. É a isto que o Supremo Tribunal Federal denomina “atualidade da posse”, não tendo, pois, sentido retroativo.

Catolicismo— O Sr. poderia citar exemplos de abusos da FUNAI, do MinistérioPúblico Federal e do Ministério da Justiça nas recentes demarcações de terras indígenas?

“A FUNAI e o Ministério da Justiça vão criar quatro reservas indíge- nas, o que vem causando desespero em milhares de catarinenses”

Prof. Hilário Rosa — Se fôssemos relacioná-los todos, precisaríamos no mínimo de umas 300 páginas de sua revista! Cito o mais recente: a constituição de uma força-tarefa — FUNAI, Ministério Público e Ministério da Justiça —visando, em nada menos que 26 municípios, criar uma reserva indígena para índios guaranis, que em sua grande maioria vieram recentemente do Paraguai. É o que eles chamam, sem pejo, de projeto “Cone Sul”. Querem transformar o sudoeste do Mato Grosso do Sul em território indígena ,com a expropriação de centenas ou mesmo milhares de fazendas, ocupadas algumas há mais de um século por gaúchos, catarinenses, paranaenses,paulistas e mineiros, que lá compraram terras vendidas pelo Estado.

Para não ficar apenas num exemplo, entre Joinville e o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina –– portanto, num verdadeiro corredor industrial –– a FUNAI e o Ministério da Justiça vão criar, com uma só penada, quatro reservas indígenas. Essa medida arbitrária vem causando desespero em milhares de pessoas que lá residem e trabalham.

E pensar que isso vem sendo feito tão-só para satisfazer os caprichos dos antropólogos filiados ao C.T.I. (Centro de Trabalho Indigenista), com o seu “Projeto Guarani”, manipulando e transpondo para aquelas terras centenas e milhares de índios Guarani Mbya, provenientes da província de Misiones na Argentina e de terras do sudeste paraguaio!

Catolicismo — O Sr. poderia comentar a inquietação dos produtores rurais, decorrente dessa avalanche de demarcações de terras indígenas?

Prof. Hilário Rosa — Basta ler o noticiário sobre terras do Mato Grosso do Sul, próximas da fronteira com o Paraguai e com a Bolívia. Jornais locais, TVs, inclusive grandes emissoras, têm dado destaque ao ambiente de desolação, de frustração dos produtores rurais. Com efeito, eles sentem-se ameaçados em seus direitos de propriedade e de produzirem dignamente, contribuindo para os grandes avanços do agronegócio.

publicado por D. Bertrand

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

MESTRES CONSISTENTES E CONVINCENTES

Por Arlindo Montenegro

Começando por Jesús, passando pelos filósofos gregos, Tomás de Aquino, os Fundadores da Democracia Americana, Mises, Arendt e uns poucos brasileiros como José Bonifácio, Mario Ferreira, Gilberto Freire e Olavo de Carvalho, alguns cineastas, romancistas, historiadores e poetas universalmente consagrados, todos são aceitos como mestres, desde que conhecida sua obra.

A vida ativa dos nossos partidos e seus membros políticos vitalícios é regida por uma mentalidade tacanha e personalista, herança do pensamento característico de velhos oligarcas. Os que dizem defender o estado democrático de direito, aqueles que são rotulados de “direita”, “esquerda” ou os que jogam oportunamente dos dois lados, jamais pensam estrategicamente e muito menos adotam um programa de desenvolvimento que priorize o homem e a vida.

Quando fecham voto sobre algum detalhe do “negócio” parlamentar, pensam e priorizam os lucros pessoais ou do partido. Esquecem a nação como objeto de todas as prioridades, acima de partidos e de interesses pessoais ou personalizados nesta ou naquela figura transitória no cenário.

Com as estruturas políticas e institucionais usurpadas por pessoas incompetentes, que agem a torto e a direito contra os princípios basilares da Constituição, sem impedimento, sem censura, sem iniciativa contrária para uma eficiente punição judicial e mais com a cobertura e apoio dos mesmos governantes de plantão, o país assume uma face de anarquia banditesca e licenciosidade que contamina todos os níveis da sociedade.

No mundo globalizado, todas as nações buscando re-arrumar economias e capacidades produtivas, lidando com os dejetos gerados pelas mega-cidades, com problemas ambientais, saúde, segurança e terrorismo, as matrizes exemplares, nações que se fundamentavam no respeito e aperfeiçoamento do estado democrático de direito, como os EUA, parece ter atirado ao lixo aqueles valores herdados dos Fundadores.

Hoje, todas as nações obedecem e respondem aos interesses dos controladores da economia sem fronteiras, sem ética, sem princípios, sem atentar para o bem comum. Um pequeno grupo de senhores que jogam com recursos reais e fictícios, que blefam e espalham guerras, vírus, drogas e terror em todo o planeta.

Qualquer nação (povo) que almeje uma identidade independente e soberana, carece de uma direção de homens lúcidos, capacitados, experientes na liderança com autoridade enérgica e gentil, mobilizando e condicionando cada pessoa a agir na direção do bem comum, observando as responsabilidades que o direito à liberdade implica.

Qualquer nação (povo) que almeje uma identidade independente e soberana, vai priorizar a educação e valorizar o trabalho, mobilizando cada um a aplicar suas capacidades e habilidades na produção e na educação continuada, gratificando os mais simples de modo a que possam viver com dignidade e possibilidades de desenvolver-se.

No momento estamos encarcerados nas celas da ignorância mais brutal. Estamos carentes de ouvir e seguir mestres e líderes competentes, para sair do sufoco e respirar com esperança genuína.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A DENUNCIA DO INDIO KAIOWÁ

Declaração de índio guarani/kaiuwá, por Escritura Pública no Tabelião Albuquerque,
Amambaí – MS, convalidada na Comissão de Direitos Humanos do Senado, mostra a falta de controle do governo sobre as ONGs

A declaração pública do índio Kaiowá Adair G. Sanches, de Amambaí – MS, dá-nos uma visão de como as ONGs, o CIMI, o PKÑ (Projeto Kaiowá Ñandeva) e o PT estão agindo no Mato Grosso do Sul, “fabricando” supostas terras de ocupação tradicional. Isto tem servido de fundamento para falsos relatórios da FUNAI, com o objetivo de expropriar (roubar)terras de produtores rurais honestos, que as compraram na melhor forma do Direito. Hoje muitos deles já foram expropriados por ações da FUNAI,algumas acolhidas pela justiça, que infelizmente deixou-se enganar por esses falsos relatórios.

Seguem trechos da transcrição da Declaração, apresentada em audiência no Senado Federal no dia 7 de abril de 2005.

“Eu não sou contra a demarcação de terras. Só que sou contra esses elementos que vocês não conhecem. Eu descobri porque eles não compram as terras. Com os dólares que pegam no exterior, em nome do índio, só ficam jogando os índios contra os proprietários de terras e proprietários de terras contra os índios.[...]



“Eles não querem ver o indígena se civilizar, melhorar. Para eles continuarem a usar e manipular. Se o índio se sensibilizar e estudar vai descobrir o que eles fazem, e eles não vão ter mais como sobreviver à custa dos povos indígenas. [...]

“Perante mim, Tabelião, compareceu em pessoa, Adair Gonçalves Sanches, indígena ,lavrador, capaz, residente e domiciliado no Posto Indígena Amambaí, neste Distrito, portador do RG: 2320, Posto ADR, Amambaí, MS; CPF: 408.038.561-72, reconhecido por mim, Tabelião.

“Por ele, foi-me dito que vinha, de sua livre e espontânea vontade, sem constrangimento de quem quer que seja, prestar a seguinte declaração,cujo teor transcrevo a seguir:

“Que é índio daTribo Guarani, nascido em 1959, na Aldeia Amambaí; Vereador eleito em Amambaí, MS, com o voto dos índios da Aldeia de Amambaí; ex-Presidente do Conselho da Aldeia de Amambaí; ex-representante da União das Nações Indígenas do Mato Grosso do Sul; ex-companheiro do antropólogo japonês Celso Aoki e Paulo Pepe, chefe de uma entidade que se chama PKÑ, Projeto Kaiowá-Ñandeva, entidade criada em nome do índio Kaiowá-Guarani, em Amambaí. O PKÑ, o CIMI — Conselho Indigenista Missionário — e o Partido dos Trabalhadores (PT) são entidades ligadas entre si. Essas entidades, usando de — são as expressões que estão na escritura —‘malandragem e safadagem’, fazem montagens aqui em Mato Grosso do Sul, coisas que ninguém nunca imagina e que eu, que fui companheiro e conhecedor, sei que eles fazem no Mato Grosso do Sul, o PKÑ recebe verba do exterior, Holanda, Canadá e Suíça, em nome do povo indígena do Mato Grosso do Sul, do Kaiuá e Guarani.

“Dizem que é para ajudar esses povos. Só que esses dólares que vêm do exterior, o indígena nem sabe, usa o nome do índio e usa o índio também da seguinte forma: todos os problemas de terras que estão ocorrendo no Mato Grosso do Sul, na fronteira do Paraguai, são mandados pelo Sr.Celso Aoki e Paulo Pepe, antropólogos e chefes do PKÑ.

“Eu fui companheiro dessa entidade e do Partido do PT por três anos, na época do Presidente José Sarney e do Ministro Ronaldo Costa Couto. Essa escritura é de 1992. Nós fazíamos assim: procurávamos onde o índio estava trabalhando e há quantos anos estava morando naquela fazenda. Se eles falavam que estavam há cinco, seis ou dez anos, nós perguntávamosse não tinham familiares que faleceram naquele local e nós já falávamos para esse índio dar entrevista dizendo que ali era terra indígena antigamente.

“Se tivesse algum cemitério de alguém da família ou parente, era para falar que eles já haviam nascido ali, se criaram ali, seus pais, avós, bisavós e netos, e assim por diante. Já nós pegávamos o pai daquela família para ser líder naquele lugar.

“Os antropólogos Celso Aoki e PauloPepe são agitadores que pegam rios de dinheiro em troca desse tipo de trabalho. Já mandam elaborar documentos naquele lugar, naquela fazenda, já fazem um mapa baseado em mais ou menos quantos hectares, dizendo que a área é indígena e que só falta a demarcação; já colocam o nome de como se chamava antigamente aquele lugar ou trocam o nome ou colocam o nome da fazenda mesmo. Se tiver três ou quatro famílias trabalhando lá,colocam como se tivessem 80 ou 90 famílias naquela área, dizendo que a aldeia e o pessoal do PKÑ já vão comprar mercadorias baratas refugadas,gradil de gado, banha podre e já sai nas aldeias grandes, que são demarcadas, que têm segurança, juntas as lideranças em todas as aldeias que são dominadas por eles e fazem uma reunião com todos os capitães do Mato Grosso do Sul.

“Eles fazem o documento daquele lugar, dizendo que o índio mora naquela fazenda, mesmo que o índio seja só peão. Já o indicam de capitão e mandam todos assinarem o documento, mandando para o Presidente da Funai em Brasília, dizendo que ali tem área indígena que falta demarcação, com 80 ou 90 famílias [...].

“Com a pressão, o Presidente da Funai assina o documento e manda para o Ministério da Reforma Agrária. Depois, passa para o grupão, depois para o Ministro do Interior. Na época, nós fazíamos assim. Hoje é Ministério da Justiça.

“Eu não sou contra a demarcação de terras. Só que sou contra esses elementos que vocês não conhecem. Eu descobri porque eles não compram as terras. Com os dólares que pegam no exterior, em nome do índio, só ficam jogando os índios contra os proprietários de terras e proprietários de terras contra os índios.[...]

“Eles não querem ver o indígena se civilizar, melhorar. Para eles continuarem a usar e manipular. Se o índio se sensibilizar e estudar vai descobrir o que eles fazem, e eles não vão ter mais como sobreviver à custa dos povos indígenas. [...]

“Estou pronto para fazer qualquer declaração ou debate, para ir perante o juiz com Celso Aoki e Paulo Pepe mostrar a realidade. As pessoas dessas entidades não querem que eu fale, e os administradores da Funai não querem que eu fale nada com os brancos. O novo administrador da Funai, José Antônio Martins Flores, pediu, pelo amor de Deus, para não fazer esse tipo de entrevista para os brancos e para a Justiça porque podem perder na Justiça as questões de terras.

“Uma vez já estive na rádio esclarecendo uma parte do trabalho sujo que eles estavam armando. Desde então, o administrador Antônio Martins Flores queria que eu guardasse segredo sobre isso. E de como assim disse e dou fé, me pediu e lavrei essa escritura”.
http://webthes.senado.gov.br/sil/Comissoes/Permanentes/CDHIGUAL/Atas/20050407IN001.rt

publicado por D. Bertrand