quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NA BOCA DO FORNO

Por Arlindo Montenegro

Enquanto Gerald Celent (http://geraldcelentechannel.blogspot.com/) diz “não precisamos wall street... se americanos não consomem a China não cresce... começou a segunda revolução Americana... eles imprimiram tanto dinheiro de monopólio que o sistema entrará em colapso...” acendo uma vela com cheiro de citronela para espantar os mosquitos e pensar no porque deste apagão e torneiras vazias.

Tento ordenar o vórtice de pensamentos enquanto os cães uivam lá fora, disputando uma cadela no cio. Os decibéis superam aqueles das buzinas e motores no trânsito engarrafado, que envolve e conduz fileiras quilométricas de pessoas que se deslocam na rotina do trabalho. À luz da vela, recebo o abraço envolvente de uma rede amarela, que me embala e abre as caixas de perguntas guardadas nos recovécos da memória.

Problemas que interessam a todas as pessoas, vão ser decididos na 15ª Conferência sobre Mudanças Climáticas em Copenhague. Dizem que os poderosos vão anunciar o fim do dólar como valor de referência monetário e a quebra do atual sistema financeiro do mundo. Quem se importa? O prioritário de cada um é produzir rotineiramente para sobreviver. Nestas buscas da vida inteira, longa ou curta, disputamos o espaço vital num pugilato bestial.

Escolhemos pensamentos e ações ou somente irracionalidade instintiva, mas todos somos obrigados a pagar os impostos e o FMI já está dizendo que todos os países terão de aumentá-los para pagar os trilhões de dólares, reais, euros, libras, iens, dracmas e as fileiras de anotações contábeis que dizem “gastos com a recessão mundial”. Como vou pagar o que não gastei nem autorizei a gastar em meu nome?

Caracterizam-se as incoerências de bandos humanóides esotéricos, que desde remotas eras, manipulam, provocam guerras, saqueiam e escravizam nações. E me valho dos raros testemunhos que aparecem como pedras preciosas no monte de cascalho para avivar a luz da esperança que jaz como brasa sobre as cinzas que escondem a informação.

O Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora, nas Minas Gerais, Luiz Guilherme Marques, denunciou que associações secretas rondam o Judiciário. E deu nome aos bois: Illuminati, Skull & Bones, Bilderberg e CFR e outros grupos que se infiltram em todas as instituições sociais e cujo principal interesse é a abolição dos governos. (Revista jurídica “Jus Vigilantibus”, 19 de Junho/09).

Caracteriza-se a dissonância da estupidez ignorante dos que nos governam e se curvam aos grupos secretos associados para fins criminosos. Em toda parte o idealismo, as mais nobres intenções e a racionalidade parece ter sido sufocada no ambiente político, na universidades, nas igrejas, nos clubes e associações. Aqui, os Três Poderes servem aos mesmos senhores na pessoa de um só senhor, que escolhe os Magistrados do Supremo Tribunal e escarnece das Leis Constitucionais, tratados e valores tradicionais.

A negação e reinterpretação da história, de todas as iniciativas e conquistas positivas, de toda a experiência de uma civilização, amesquinha a autoridade do saber, a excelência das virtudes e tudo quanto afirma a dignidade humana. O preço da consciência e posto e imposto por estes grupos que dominam exércitos, controlam a informação e espalham drogas materiais e mentais.

Recentemente, comemorando a queda do muro de Berlim, repete-se que ali se enterrou o regime de estado mais criminoso. Será mesmo? Como se justifica que nestes 20 anos tenha recrudescido a propaganda do socialismo? A queda do muro não foi suficiente para consolidar o fracasso da teoria marxista? Em recente artigo publicado em jornais europeus, Armando Ribas, um filósofo estudioso do marxismo, questiona a incoerência das decisões de governantes que decidem o contrário do que realmente interessa aos povos.

“A teoria marxista afirma que só existe liberdade onde se haja superado a escassez. Perguntem aos russos e à Europa Oriental ou aos cubanos, como foi que eles superaram a escassez.” Perguntem ao Chávez como ele está superando a escassez. Paul Jonhson já constatava a desordem da União Européia em 2005, afirmando que: “a UE, em 15 anos avançara na direção oposta, criando um monstro totalitário que gera milhões de normas e invade cada canto da vida econômica e social”.

É a face deste monstro socialista do super estado, que ignora o direito individual dos homens e privilegia o direito de decisão de governantes populistas, que os ditadores da economia mundial estão apresentando como solução para todos os males. Com cara benévola e envernizada, pregam o fim da segurança do estado democrático de direito e oferecem o poder absoluto mundial, perpetuando a dependência das nações. Os recursos que oferecem não passam de papel pintado e anotações de juros em escala geométrica. Oferecem a escravidão institucional.

(Artigo referido: “Do Muro da realidade para a utopia” Armando Ribas, Fundação Atlas).

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