sábado, 16 de janeiro de 2010

UM DESAFIO INTERNACIONAL

UM DESAFIO INTERNACIONAL

Fala-se muito em fome, analfabetismo, pobreza absoluta. No Haiti, uma ex colônia dos civilizados franceses, ainda quase um protetorado, a pobreza e a fome são resultantes de continuadas e sangrentas ditaduras, de corrupção desenfreada o que levou a ONU a intervir. Lá morreram muitos brasileiros, nos tiroteios e agora vitimados pela tragédia que deixou desabrigada a quase totalidade da população. Soldados das nossas Forças Armadas em missão de solidariedade!

Muitos bilhões de dólares salvaram de imediato o sistema financeiro internacional. Os bancos e banqueiros ficaram felizes. Agora uma voz se levanta desafiando as nações do mundo a dar um exemplo, mobilizar forças que de fato reconstruam solidariamente o Haiti, fornecendo aos nacionais as ferramentas para a vida digna que a maioria desconhece.

Desviam-se imensuráveis recursos em corrupção, propaganda enganosa, superfaturamento de obras e os políticos enchem a boca com discursos sobre direitos humanos, antes de cumprir com seus deveres diante da cidadania. Vez por outra uma voz se ergue, com um discurso coerente, humano, afirmativo.

A voz da vez é de Alejandro Peña Esclusa, presidente da União de Organizações Democráticas da América – UnoAmérica, que propõe “a realização de um esforço multinacional para a reconstrução massiva do Haiti, destroçado pelo terremoto recente.”

O comunicado oficial diz:

“Segundo UnoAmérica, enviar ajuda humanitária e reparar os danos causados pelo sismo não é suficiente. É necessário tirar proveito do triste evento para lançar um projeto mais ambicioso, que afaste os haitianos da probreza em que estão metidos durante tanto tempo.”

“O terremoto se soma às condições de miséria terrível na vida dos haitianos. Trata-se de uma tragédia humana que clama aos céus e que exige a solidariedade de todo o hemisfério ocidental. A humanidade está cada vez mais desorientada, em boa parte porque muitos já não são capazes de se comover com a dor dos congêneres.”

“UnoAmérica propõe um projeto semelhante ao Plano Marshall, lançado pelos EUA em 1947 para a reconstrução da Europa, após a II Guerra Mundial, contemplando não somente a reconstrução das casas, ma também de portos, aeroportos, estradas, pontes, represas, zonas industriais, obras elétricas e hidroelétricas, aquedutos, canalização, irrigação, entre outras obras.”

“UnoAmérica sugere a criação de uma força tarefa, integrada por profissionais e técnicos de toda a América, para elaborar as plantas do projeto; e que a construção seja financiada por doações públicas e privadas provenientes de todo o hemisfério.”

“Que esta iniciativa seja um “projeto piloto” para ser replicado em outras nações latino-americanas onde existem bolsões de miséria. Não é preciso esperar por desastres naturais para resolver o problema da pobreza na região.”

“UnoAmérica é uma plataforma de Organizações não Governamentais com sede na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Honduras, Peru, Uruguai e na Venezuela. Em sua declaração de princípios, UnoAmérica afirma como um dos seus objetivos “elaborar e oferecer um programa de desenvolvimento e industrialização para que os povos da América possam resolver seus problemas subjacentes, particularmente a pobreza.”

A página de UnoAmérica na rede, está no endereço: http://www.unoamerica.org/
Tradução, Arlindo Montenegro

Um comentário:

  1. Apos ler este comunicado da UnoAmérica, fiquei satisfeito por ver que ainda há quem se preocupe com o mal dos outros, e estou de acordo com o solicitado, para que os vários governos mundiais se juntem e ajudem aquele pais no qual já houve uma intervenção da ONU, aí é que está a diferença é que a ONU só iuntervem depois dos governantes terem explorado os indigenas desse pais e não tem feito nada para que estes senhores quando assim actuam sejam devidamente punidos e lhes seja retirada a fortuna que adquiriram com dirigentes desses paises, há neste momento vários paises nessa situação, cheios de pobresa e os seus governantes tem fortunas consideradas das maiores do mundo e nada se faz para que esses diregentes sejam obrigados a demonstrar perante a ONU que a sua riqueza já existia antes, mas nós sabemos que não eram assim tão ricos, só depois de entrarem para determinados governos é que subiu ao maximo tal fortuna este é a tristeza dos povos mais desportegidos. 2010-01-16-Manuel Freitas-Baguim do Monte-Gondomar- Portugal

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