quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

TEATRO MAMATIVO

Texto da redação do site Midia@Mais

Administração de ponta, inovação, escala de prioridades, inteligência na discricionariedade: nada disso é marca de gestão nos governos de forma geral, e especialmente no Brasil. Mas no atual momento vivido pela cidade de São Paulo, continuar gastando o dinheiro do contribuinte afogado no “teatro alternativo” chega a ser quase uma ofensa.

Até hoje, foram mais de 60 milhões distribuídos para grupos de teatro que encenam peças (muitas vezes meros pretextos para propaganda ideológica) que quase ninguém assiste. Na verdade, algumas pessoas assistem sim: os amigos montam os espetáculos, outros amigos aprovam os patrocínios, e os restantes aparecem na platéia. De vez em quando, todo mundo troca de lugar.

Mas o pessoal do teatro acha “aborrecida” essa história de prestação de contas e de cortes nas despesas – evidentemente, dois costumes muito burgueses e inimigos da arte. Eles não querem dar conta exata do dinheiro público que passa por suas mãos, não querem diminuição nos valores e não querem abrir mão da porcentagem de administração. Imagina se todo mundo se lembra de pedir nota fiscal da cerveja no boteco da esquina do teatro, não é mesmo?

Enquanto isso, São Paulo vive a maior crise estrutural de sua história, com a população indo literalmente pelo ralo. O teatro, contudo, parece ir bem.

Se você quiser protestar contra esse gasto absurdo de uma cidade que deveria priorizar a saúde de sua população e o patrimônio dos contribuintes, escreva para a Prefeitura de São Paulo: http://www.capital.sp.gov.br/portalpmsp/do/faleconosco?op=filtroForm

Se não quiser redigir um texto próprio, insira simplesmente isto:

Sou contribuinte e cidadão paulistano e protesto firmemente contra a continuidade de programas paternalistas como o “Programa Municipal de Fomento ao Teatro”, que beneficiam um minúsculo grupo de privilegiados e dependentes das verbas estatais, enquanto a imensa maioria da população desta cidade continua sofrendo diariamente com o caos urbano, o péssimo planejamento e a dificuldade que a administração municipal tem em resolver questões muito simples, como a coleta regular de lixo. Exijo ainda que o poder público em minha cidade reveja suas prioridades e invista menos em proselitismo cultural e mais em proteger a vida e o patrimônio de quem mora e paga impostos aqui.

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