sexta-feira, 30 de julho de 2010

DESTE MATO NÃO SAI COELHO

Por Arlindo Montenegro

Andrés Oppenheimer, falando das eleições na Venezuela, considera que nas leis eleitorais do candidato a ditador, privilegiam o partido bolivariano, mesmo que a oposição tenha mais votos. As leis dizem que mesmo que a oposição tenha 55% dos votos, isto é maioria, fica somente com a metade, 50%.

Enquanto a data das eleições não chega, o candidato a ditador nacionaliza empresas, prende opositores, aterroriza a população, deixa a bandidagem e suas milícias, treinadas por cubanos, agindo sem respeito às leis, agride a Colômbia, agride a Igreja Católica, promove políticas inflacionárias, carência de bens e alimentos...tudo quanto sufoca e polariza os venezuelanos.

Com cinismo e brutalidade, culpa os empresários, culpa o império norte americano, culpa a Colômbia pela existência de acampamentos das farc em território venezuelano e, para arrematar, manda o exército guarnecer a fronteira contra uma invasão colombiana, finge ser o agredido! O mundo aprecia a “autodeterminação” socializante. Mas se for autodeterminação democratizante é golpe. Não pode!

Na nossa política interna também vemos movimentos idênticos quanto se expõe a atuação mafiosa do Foro de São Paulo. O fato é que do modo como na Venezuela o rádio, televisão e jornais, contrários às políticas globalistas totalitárias são reprimidas, fechadas e os donos vão para a cadeia ou fogem, no Brasil temos um acordo para fingir que a opinião é livre. O que vai de encontro às sandices governamentais é distorcido, mentido e precedido da palavra mágica: "suposto"!

Suposto mandante do crime, suposto invasor, suposta terrorista, suposto culpado, suposto responsável pelo mensalão, suposto fazedor de dossiê, suposto desvio de verbas, suposto “não sabia”, suposto foro de são Paulo, suposto comunista, suposto pedófilo, suposto matador de aluguel... e vai por aí! Supõe-se tudo e nada se conclui. Imunidade do poder!

Desde antes de antigamente, os grandes guerreiros anexavam territórios. É só ver o infeliz Alexandre, o Grande. Passou a vida toda em guerras e morreu na flor da idade sem deixar herdeiros. Quando conquistou a Pérsia, tratou o rei Dario e sua corte com deferência e ganhou de presente um menino bonito e bem treinado, escravo para todos os serviços. A Roma Imperial foi mais longe.

Agora, a usura, violência, prepotência, ganância entre os reis modernos mudou de figura, além de meninos, meninas, cocaína, computadores, joias, os banquetes que reúnem cúpulas governamentais em encontros hierárquicos compartimentados dividem a própria terra e presenteiam as mesmas populações para servir como mão de obra escrava, no mesmo velho projeto do governo mundial.

E as reuniões de potentados são diárias. As diversas organizações que dizem trabalhar pela "pacificação e divisão do poder " se multiplicam. As armas utilizadas são mais sofisticadas: ameaças, imposição econômica, engenharia social, invasão de ongs, provocações bélicas, terror continuado sobre os que trabalham e tentam sobreviver em qualquer retalho da terra.

Estas organizações reúnem gente diariamente em “resorts” fechados, hotéis luxuosos ou centros de convenções, para decidir a nível planetário sobre tudo e mais alguma coisa. Umas se contrapõem às outras quando ninguém quer resolver nada. Se a Colômbia vai à OEA, as outras resolvem decidir no foro (de são Paulo) da UNASUL.

Em todo caso e em qualquer caso, existem tantas instâncias! A poderosa e dispendiosa ONU, a corte internacional de crimes de guerra, outra corte de direitos humanos, dos bichos...É gente reunida para tratar de grana (FMI, BIRD,BID...), para tratar de comércio, tratar de madeiras tropicais, anistia, controle de plantas e animais nocivos (sem incluir os mais nocivos animais governantes!)

Musicalmente, artisticamente no cinema e no teatro, na televisão, na literatura, nos deparamos com a linguagem que Edward Barnays, o Instituto Tavistock e outros disseminaram: a propaganda do poder político e econômico da aristocracia mundial, “esforço consistente e persistente para criar ou moldar acontecimentos” e enganar o público, mantido na ignorância da realidade, tangido como boiada para o matadouro.

É o mesmo Barnays quem constata: “nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas ideias sugeridas, por homens dos quais nunca ouvimos falar... Os que manipulam este oculto mecanismo da sociedade, constituem um governo invisível...” o verdadeiro poder deste império transnacional.

Para superar esta agonia seria necessário um Salomão, ou um ringue de boxe onde os potentados decidissem o campeonato do poder, ou consultas localizadas ao espelho da branca de neve, ao oraculo de Delfos. Seria necessário inventar uma ilha com muitas feiticeiras que nem Circe, uma ilha punitiva onde os castigados fossem transformados em ratos, porcos, cobras, minhocas, bichos de pé. Sem pedir a interferência de Deus, que Jesus já deu a receita, mas a nova ordem a detrata.

É só lembrar que John Lennon, hipnotizou meio mundo, pregando: “Imagine there's no heaven... no hell below us. Above us only sky. Imagine all the people living for today”. É isto aí! “Junte-se a nós”. Nada de responsabilidade ou compromisso. E o mesmo “ídolo” completou sua obra, escrevendo “Um espanhol no trabalho”, em que refere Jesus como “um covarde, bastardo, comedor de alho”.

É assim que cada governante considera cada um dos eleitores. Ainda tem dúvidas?!!!






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