sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

GUERRA E HUMANIDADE

Por Arlindo Montenegro

As guerras de conquista e dominação, cuja história foi escrita com informação capada, muita omissão em versões prepotentes com creditos exclusivos ao personalismo, resultaram em perdas totais para as populações envolvidas: morte de milhões de jovens soldados-bucha de canhão, luto e dificuldades de órfãos e familiares, rearrumação das economias em novas fronteiras, negociadas como restos de feira entre os participantes dos armistícios.

No século XX, os cenários de violência suprema em duas guerras, consagraram o genocídio: na primeira guerra a limpeza étnica da população armenia, que os turcos até hoje justificam dizendo que que os cristãos armênios morreram porque havia uma guerra e apoiavam os inimigos russos. "Havia uma guerra"... quem decidiu? Quem lucrou? Quem mais perdeu?

Inaugurou-se a guerra química a aviação dos britânicos e alemães nos bombardeios; na Primeira Guerra, nos campos de concentração contabilizaram mais de de 1 milhão de mortos, enquanto 65 milhões de jovens sangravam em campos de batalha. Governantes e fornecedores de armas, aviões, navios, submarinos, Ingleses, Franceses e Russos, bem como os Estados Unidos que abasteciam os contendores e só foram ao campo de batalha no último ano, lucraram, negando a humanidade como característica dos homens.

Na II Guerra, repeteco com a experiência de tecnologias mais avançadas. Dizem que pela "salvação da democracia", uma idéia, que encobria manobras de conquista e submissão. Fortunas haviam saído da Inglaterra e dos Estados Unidos para construir o socialismo bolchevique e formação da URSS. O mesmo para possibilitar a ascenção de Hitler e mistificação do povo alemão, que se enfileirava aos milhões buscando emprego e um pedaço de pão.

Hitler, com apoio da União Soviética que treinou tropas alemães e passou a "tecnologia" dos campos de concentração e controle de massas através da propaganda, mobilizou os investimentos industriais para a restauração do orgulho do povo alemão. E o povo o endeusou. Começou a guerra expansionista. Cristalizou as atenções do planeta com sua agressividade conquistadora. Inglaterra e Estados Unidos temeram a perda da hegemonia, sobre territórios e mercados. Decidiu-se então barrar a carnificina e redividir as áreas de influência.

Os mesmos aliados da Primeira Guerra, Inglaterra, França, URSS, Estados Unidos agiram e partilharam o planeta em zonas de influência que apelidaram "democracia ocidental" e "comunismo", este ávido de expansão para dominar todo o planeta. Tanto quanto os "democratas" que inventaram a "Guerra Fria" um rótulo estratégico para justificar as rentáveis guerras futuras. O comunismo foi privilegiado pelos "grandes líderes democratas" em conluio com Stalin, o "bondoso Tio Joe" da foto oficial do armistício. Quem decidiu? Quem lucrou? Quem mais perdeu?

A Alemanha invadiu a Polônia. França e Inglaterra reagiram para assegurar seu poder. Os empresários do complexo industrial militar já tinham feito as contas e começado a faturar: rações alimentares, medicamentos, uniformes, indústria naval, aviões e armas com a tecnologia mais avançada disponível para todos os contendores. Saldo: 28 milhões de civís mortos em bombardeios e campos de concentração, sendo o pior dos casos o genocídio dos ucranianos, até hoje negado pelo governo russo.

Fala-se mais na matança específica de judeus pelos nazistas. Os comunistas bons moços, aliados dos democratas, foram tão ou mais cruéis que Hitler. Mas a Ucrânia e Katyn ficaram no segredo! Além das dezenas de milhões de mortos, cidades e zonas rurais arrasadas, algumas fábricas surpreendente e misteriosamente foram poupadas pelos bombardeios na Alemanha, que perdeu 6 milhões ou mais de jovens soldados, além das sequelas e dívidas.

O objetivo maior e não revelado pelos historiadores ficou na contabilidade de dívidas incalculáveis no crédito dos banqueiros ingleses, americanos e fornecedores industriais. Depois da guerra os Estados Unidos escolheram o Japão para fazer a "primeira experiência" com a bomba atômica, desenvolvida por cientistas alemães e americanos. A maior potência militar estava por cima da carne seca. Matou de lambuja mais uns 200 mil japoneses.

E os moços americanos, cheios de orgulho, marcados para morrer em outras guerras: Coréia, Vietnam, Guerra do Golfo, Afeganistão, saindo ganhadores e prestigiados os comerciantes de armas e os influentes militares, congressistas e seus agentes nos Estados Unidos, Inglaterra e a discreta Israel, que tornou-se a potência militar hegemônica no Médio Oriente, em associação com os americanos e ingleses, com projetos expansionistas secretos para dominar toda a área.

Nisto tudo o Brasil perdeu alguns navios, 1.00o soldados nos campos da Itália e Getulio ainda perdoou a dívida de guerra dos fornecimentos feitos aos beligerantes, para a reconstrução da Europa. Bondade? Prometeram algumas vantagens futuras para o Brasil, como haviam prometido territórios à Italia durante a Primeira Guerra. Não cumpriram. Nem os descendentes das vítimas civís, dos navios brasileiros bombardeados, foram indenizados até hoje.

Agora a guerra é pelo poder total e dominação, une os mesmos aliados, Inglaterra, Estados Unidos, Russia mais a expansão comunista da China e satélites, contra todas as nações empenhadas em construir estados democráticos. Independência o que! Autonomia o que! Soberania? Que nada! Governo mundial, sem voto, mas com o poder, um poder econômico total e um poder avassalador para organizar a sociedade nos moldes ensaiados pelas ditaduras comunistas. E diziam que a ONU era para pacificar as nações!!

Esta é uma da faces do cenário. As consequências omitidas ficam para as famílias, para os jovens que vão morrer, para os que trabalham e produzem riquezas dia e noite, sem saber que servem ao governo invisível (nem tanto!) No Brasil a guerra das leis de apoio ao governo mundial está a todo vapor. Estamos desarmados e desinformados. Quem s'importa? O adestramento para a passividade é presente, real e a propaganda é utilizada para repetir mentiras até que sejam "verdades".

2 comentários:

  1. Montenegro

    Perfeitissima analise !
    A especie Homo Sapiens que se tornou a especie dominante da terra tem em sí a Divina Graça do Livre Arbitrio dada pelo Deus Pai para sua evolução material e espiritual.
    Infelizmente esta nossa especie, o Homem nunca deixou para trás o estágio primitivo das eras tribais, evolui com a ciencia e a tecnologia e a e olução espiritual ficou estagnada ou mesmo podiamos dizwer que em muitos casos involuio.
    Cientistas que recebem uma inspiração as veze que divina e utilizam suas descobertas para o fabrico de armas que irão provocar dor , morte e destruição. o Egoismo desenfreado pela ilusão das conquistas materias passageiras cegam essa sociedade enlouquecida por ganancia, ambição e poder.
    Se esquecem o quão efemeros somos... vivemos no maximo com pleno vigor e lucidez 70 anos, pois dos 0 anos aos 10 somos crianças depedentes dos 10 aos 80 anos é que realmente temos a consciencia da vida e suas responsabilidades inerentes e a maioria da humanidade pensa que vai viver eternamente e dai acumula desnecesssariamente bens e riquezas inuteis pelo simple prazer de ostentação e de desfilar o seu Ego. Em nome da satisfação desta primitivismo o ser humano se transforma em um Besta Fera e destroi seus semelhantes aoss milhões em troca de montanhas de papel pintado( dinheiro) que o faz se sentir o Todo poderoso.. é uma loucura! A humanidade esta comtendo suicidio coletivo e acha que esta vivendo... Mas isso foi profetizado por muitos na antiguidade. A figueira esta para dar seus frutos...

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  2. Getulio Vargas além do mais, foi o carrasco das nossas FA, pois no cais onde os navios que transportaram os nossos bravos soldados vindos da Europa, estes aguardavam ordem para desembarcar. Então, obrigou-os a despirem o uniforme e a desembarcarem com roupas civis, dispensando-os de imediato. Logo aí cortou todo o aprendizado que os nossos soldados e oficiais tinham adquirido em campos de batalha na Europa e que muito poderiam ajudar no desenvolvimento das nossas FA.

    Resultado, não temos nenhum general com experiência em campo de batalha, nem qualquer outro oficial. Há quem lhes chame generais de aviário! Os melhores, foram os patriotas de 64. Depois disso...!! Mas temos a Escola de Guerra! Muita teoria para nada, já que estamos desarmados perante alguma invasão. Teoria para recuarmos e nos rendermos! Patético! Resta-nos a extensão do nosso território propício à guerra de guerrilhas. Só isso.

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